6 de outubro de 2016

SETE HOMENS E UM DESTINO (The Magnificent Seven, 2016)

Baseado no clássico "OS SETE SAMURAIS" de Akira Kurosawa, o filme é mais uma adaptação ao estilo Western. Apesar do esforço do Cineasta Antoine Fuqua (Invasão à Casa Branca e Dia de Treinamento), a produção fica muito aquém do sucesso de 1960. A comparação é inevitável.

O filme certamente não é um remake da já adaptada filmagem pelo genial Diretor John Sturges, mas uma nova visão sobre a história clássica dos samurais contratados para defender um vilarejo. Desta vez, ele se utiliza de cowboys, foras-da-lei e caçadores-de recompensa para montar o grupo que irá defender a população de uma pequena cidade americana, subjugada por um magnata do ouro, no auge da exploração no Velho Oeste.

Ele aposta também em um ótimo elenco (Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, entre outros menos famosos), como no de 1960 (que contava simplesmente com Eli Wallach, Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, Robert Vaughn e Yul Brynner). No entanto, a meu ver, não há uma unidade, ou melhor, há pouca afinidade no grupo dos 7 cavaleiros deste novo filme. A melhor dupla deveria ser Cris Pratt e Denzel, mas eles parecem deslocados... Há poucos ensinamentos sobre Justiça e a luta entre fazer o que é certo ou fugir do problema. O filme passa a mensagem de forma clara, mas superficial, bem como as motivações dos personagens por embarcar na árdua missão de combater um exército de mais de 200 homens.

O novo filme faz algumas referências ao original japonês de Kurosawa (como a cena final), e trabalha os personagens com personalidades bem distintas.
A Direção de Arte aposta na influência de clássicos do western, como Três Homens em Conflito, e sua trilha sonora é precisa. A fotografia é belíssima, mas não tem tomadas deslumbrantes como o mais recente Os 8 Odiados. O foco do filme é mesmo as cenas de ação, muito bem montadas.

No fim, nota-se como um bom entretenimento, mas não chega para ser um clássico como seus antecessores.

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