22 de dezembro de 2009

AVATAR (2009)

Ainda recente, o filme já pode ser considerado o vencedor de inúmeros prêmios, incluindo o nosso amigo Oscar. Minhas apostas são em melhor fotografia, direção de arte, efeitos especiais e sonoros. Atuação e roteiro estão no básico, mas a qualidade do filme é surpreendente.

A história, banal, lembra filmes como Dança Com Lobos, O Último Samurai e O Homem Chamado Cavalo, em que um homem (sempre um soldado americano) tem que conquistar um povo e acaba se apaixonando por ele. Torna-se parte desse novo grupo e o defende. Até aqui nada demais.

O filme traz uma temática de ficção científica diretamente influenciado por épicos como Guerra na Estrelas e Senhor dos Anéis, além da adaptação da narrativa de jogos de videogame. Por falar em games, os humanos do filme parecem muito com os Terrans do jogo Starcraft e os Na'vi são muito semelhantes aos Elfos Noturnos do jogo Warcraft 3, ambos jogos da Blizzard.
As semelhanças incluem nomes de alguns veículos e a personalidade dos "heróis". Os helicópteros, chamados de Valquírias, como em Starcraft, mostra a influencia ainda do filme Apocalipse Now, onde a invasão aérea no Vietnã é feita ao som de "A Cavalgada das Valquírias", de Richard Wagner. além do robôs controlados por soldados que lembram muito os "Goliath" do mesmo jogo. A personalidade dos "heróis" também é visível para quem se viciou um tempo nos jogos da Blizzard, como o Coronel Miles Quaritch do filme e o Tenente Jim Raynor do jogo entre outros... as associações são claras em todo o filme, podemos citar para os Na'vi a história da árvore sagrada que controla toda a sua vida como se fosse Deus, da mesma forma como é contada a história dos Elfos Noturnos em Warcraft 3, além de serem azuis, enxergarem melhor no escuro, terem orelhas ponteagudas e uma cultura meio indígena.

Há um excesso de personagens e veículos dos dois lados (humanos e Na'vi), mas sobretudo um excesso de influências. É tanta falta de originalidade na história que ela se torna única. Mas isso não compromete o filme. O roteiro é bom e a narrativa não deixa furos. Para a mitologia do filme (expressão que o James Cameron adora) fica o gancho para uma continuação estilo O Império Contra-Ataca (já estou viajando).

O que realmente vale cada centavo do ingresso é ver a riqueza dos detalhes jamais vistos no cinema, sobretudo num filme quase totalmente digital. Desde a percepção de profundidade na cena, por ser 3D, até aos movimentos das animações, superando trabalhos complexos como o Gollum, de Senhor dos Anéis, toda a nova trilogia de Guerra nas Estrelas e, o também estreiante, Os Fantasmas de Scrooge.

James Cameron mais uma vez revoluciona o cinema. Não se pode deixar isso passar. Você não pode esperar sair em DVD, Blue Ray ou passar na TV, tem que ir no cinema e assistir em 3D mesmo.

Vale muito a pena.

Até a próxima.
João Colombo

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