1 de agosto de 2011

Cinema e Música, o casamento perfeito!

O texto de hoje é mais uma ótima contribuição do Victor Costa. Divirtam-se:

Em pleno século XXI não há forma melhor de casar as duas artes mais populares do mundo – cinema e música – do que através de um musical. E, se feito da forma correta, com a vibração perfeita e o embalo agradável, é certamente um filme que se tornará incansável de se rever. Passando por altos e baixos durante a história do cinema, os musicais sempre acompanharam gerações: contam histórias de amor, de guerra, dramas, fantasias e catapultaram artistas para a fama e a história com uma força sem igual. Aqui você conhecerá um pouco da história dos musicais e exemplos de filmes indispensáveis desta categoria cinematográfica.

cena de Cantando na Chuva
Surgindo dos musicais teatrais, este gênero divide opiniões acerca da sua aparição nos cinemas. Eu sou da parcela de cinéfilos que acredita que os musicais existiam desde o cinema mudo, onde os filmes eram embalados por trilhas-sonoras, que substituíam as vozes dos atores, tendo em vista a falta de tecnologia para editar e mixar o som na época. Porém, existe uma parcela de estudiosos que percebem o surgimento dos musicais no cinema apenas com o advento do áudio, pois só assim ele se consagrou como o gênero onde os atores cantam, dançam e, acreditem, interpretam. Um exemplo disso veio em 1939 com o lindo, único e indiscutivelmente bem feito "O Mágico de Oz", que eternizou a canção "Somewhere Over The Rainbow", cantanda pela pequena Dorothy (Judy Garland).

A chamada "golden age" (era de ouro) dos musicais no cinema foi nas décadas de 50 e 60, onde foram feitos os mais grandiosos e memoráveis filmes do gênero. Ela inicia-se com o filme que é considerado por muitos o melhor musical de todos os tempos, o leve "Cantando na Chuva", com Gene Kelly. A cena mundialmente conhecida do personagem Lockwood dançando e cantando em uma coreografia que faz o casamento perfeito entre a chuva e um guarda-chuva preto, encantou os espectadores e difundiu o gênero. No mesmo embalo foram feitos outros grandes filmes, como "Cinderela em Paris" com Fred Astaire, o sapateador perfeito, e Audrey Hepburn, a atriz perfeita que, em 1964 faria o espetacular "My Fair Lady" que, na minha opinião é o melhor musical de todos os tempos. Outros filmes da época foram "Gigi", "Amor, Sublime Amor",  além de "A Noviça Rebelde" e "Marry Poppins" com Julie Andrews.

cena de Moulin Rouge
Nas décadas de 80 e 90, os musicais entraram em declínio. Não existiram grandes filmes e, os que tentaram, penderam demais para a comédia, o que não necessariamente os tenha estragado, mas já não tinha a mesma magia de antigamente. Contudo, em 2001 é lançado o americano "Moulin Rouge – Amor em Vermelho" que, com a voz marcante e a beleza divinamente esculpida de Nicole Kidman, resgatou o embalo e o entretenimento dos musicais, acrescentando uma coisa nova: tecnologia. Este filme trouxe uma característica típica dos musicais antigos, que é a remodelagem de canções conhecidas de autores consagrados, dando uma nova roupagem e casando-as perfeitamente com o roteiro. Exemplos de canções conhecidas do filme são "Your Song", de Elton John, "I Will Always Love You", eternizada na voz de Whitney Houston, e "Nature Boy", de David Bowie. Tal filme foi o início de uma nova fase dos musicais, que teve seu auge no ano seguinte, com "Chicago", que ganhou o Oscar de melhor filme, coisa que não acontecia com um musical desde 1968. Depois disso apareceram os mais variados, desde singularidades, como "Swenney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", "Hairspray" e "Mamma Mia", até descaminhos como "High School Musical" e "Burlesque".

Os musicais são fantásticos e a história comprova isso. Hoje em dia o gênero sofre com certo preconceito, principalmente entre os jovens, mas acredito que seja algo que não durará por muito tempo. Vejam musicais, se apaixonem pelo gênero e prestigiem o casamento perfeito da magia do cinema com a sutileza sentimental da música.

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei o texto e concordo com ele. Fiquei triste ao ver que estão refilmando Footloose e a nova versão parece ser uma porcaria...

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