28 de agosto de 2017

GAME OF THRONES - TEMPORADA 7

Eletrizante final da 7ª temporada encaminha série para grande batalha entre mortos e vivos na próxima (última?) temporada.
A sétima temporada de Game Of Thrones (da HBO), foi marcada por resolver mais as tramas lançadas desde a primeira temporada. Com o último episódio da temporada, exibida oficialmente para todo o mundo neste domingo (27/08), restam poucas pontas soltas a serem solucionadas.

A temporada foi recheada com mais cenas de ação e menos drama, focada em resolver rapidamente problemas pequenos, como deslocamento de personagens no mapa de Westeros e a novas alianças. Fica clara a preocupação da produção em solucionar mistérios e encaminhar a série para o final, e um final que finalmente agrade os fãs... o que, convenhamos, não é de praxe ou do interesse do autor original, George R. R. Martin. O autor chegou a admitir recentemente que pouco tem participado da elaboração dos roteiros, nem dado muito palpite sobre o desenrolar da trama.

Para quem ainda não viu, sinto muito, mas vem aqui um bocado de spoilers.

A próxima temporada será focada na guerra (finalmente) entre os caminhantes brancos (mortos) e o povo de Westeros (vivos).

O general do exércitos gelado conta com mais de 100 mil mortos-vivos, gigantes e um dos dragões de Daenerys, morto no penúltimo episódio com uma lança de gelo. Como isso, ele teve poder de fogo (literalmente) para transpor a muralha.

Jon ainda não sabe que é um Targaryen, mas o último episódio não só mostra Bran contando ao Sam que eles precisam contar isso para o Jon, mas ainda revelando que ele, sendo filho legítimo de Rhaegar Targaryen e Lyanna Stark, passa a ser o legítimo herdeiro do Trono de Ferro... e que seu nome verdadeiro é Aegon Targaryen...

Jon e Daenerys consumam o affair que surgiu no início da temporada e, estranhamente, Tyrion parece ter ficado desapontado ou com ciúmes (vai ser uma barra ainda maior para Sor Jorah Mormont).

Cersei promete uma trégua da Guerra dos Tronos com Daenerys e Jon em prol da defesa contra os mortos, mas deixa claro para Jaime que não pretende cumpri-la. Sor Jaime se decepciona e rompe novamente com Cersei partindo (aparentemente) para o Norte, para se juntar à guerra contra os Mortos.

ah... e o Mindinho morreu finalmente... e pelas mãos da Arya. Acusado por Sansa pelos crimes que cometeu, por todas as conspirações, assassinatos e traições que culminaram com a Guerra entre Lannisters e Starks.

Resta, para a próxima temporada, se for a última:

- a Guerra entre mortos e vivos;
- a Guerra dos Targaryen com Cersei;
- Jon descobrir que é o legítimo herdeiro do Trono de Ferro;

O resto, por enquanto, parece ser só pano de fundo:

- Uma luta entre os dragões;
- Os mercenários do banco de ferro;
- Theon resgatando sua irmã, Yara Greyjoy;
- O povo do norte aceitando Daenery como rainha (e o Jon como Targaryen);
- O retorno dos lobos gigantes sobreviventes.

O que eu realmente espero é que no final Arya mate a Cersei e todos que restam na sua lista. ... e o que final não seja tão "novelinha".

Assistiu? O que achou?


9 de agosto de 2017

Dunkirk

Em certa ocasião eu estava assistindo a uma entrevista de Steve Spielberg e da qual ele reconheceu que boa parte do sucesso do seu clássico Tubarão se deve a sua trilha sonora composta pelo compositor John Williams. Há filmes que sobrevivem com o tempo, mas não somente graças ao elenco pela história, mas sim graças a sua parte técnica e que, na maioria das vezes, a trilha sonora se destaca e dando alma a obra. Dunkirk, talvez venha a ser lembrado, não só como mais um ótimo filme de Christopher Nolan (Cavaleiro das Trevas), mas como também pela sua trilha que eleva o seu filme em uma potência máxima sem precedentes.
Baseado em fatos verídicos, o filme se passa no início da Segunda Guerra Mundial, onde acompanhamos 300 mil soldados (ingleses e franceses) isolados em uma praia da cidade de Dunkirki e esperando por resgate. O problema é que eles são encurralados pelo exército alemão e eles não tem como retrocederem para a cidade ou avançarem para o mar. Cabe ajuda que vem, tanto pelo mar, como também pelo ar, para contornar essa situação e salvar então o maior número de vidas possíveis.
Sem rodeios, Christopher Nolan faz questão de nos colocar no cenário dos acontecimentos, ao ponto das palavras ficarem em segundo plano e as imagens falarem por si. Na sequência que abre o filme, acompanhamos um dos protagonistas, o soldado Tommy (Fionn Whitehead) correndo em direção à praia para assim escapar com vida. Habilidoso como ninguém, Nolan já cria um verdadeiro momento de tensão, onde não vemos em nenhum momento a cara do inimigo, mas o movimento de câmera, os sons das balas e a trilha sonora majestosa do compositor Hans Zimmer constroem um clima de medo devido o que virar a seguir.
Como colaborador na maioria dos filmes de Nolan, o compositor Hans Zimmer, talvez tenha criado aqui o seu melhor trabalho na carreira, onde boa parte dos melhores momentos do filme se deve muito ao seu talento em saber conseguir casar a sua trilha com as cenas que são vistas na tela. Se em Cavaleiro das Trevas, por exemplo, ele usava o som do violino para nos dizer que o perigo estava por vir, o artifício aqui é usado num grau mais elevado, onde a trilha e som da aproximação dos aviões inimigos, por exemplo, se misturam e gerando uma tensão ainda maior para os protagonistas e para aqueles que assistem. Mesmo quando não vemos o perigo chegar, a trilha sendo elevada, alinhada com a expressão de medo de alguns dos protagonistas, se torna uma prova mais do que concreta que velhos artifícios do cinema podem ser sim ainda a melhor maneira de criar determinadas cenas.
Além disso, Nolan jamais perde a nossa atenção, principalmente pelo fato de que o filme se divide em três núcleos distintos e que se passam no mesmo local dos acontecimentos: a tentativa do soldado Tommy e de seus companheiros em escapar da praia com vida; a boa vontade do civil britânico Dawson (Mark Rylance) e dos demais barqueiros da região que decidem resgatar os soldados da praia e do confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir aviões inimigos que disparam a todo o momento na praia. Curiosamente, Nolan faz com que esses três núcleos acabem se entre cruzando em situações não cronológicas vistas na tela, mas não faz com que a gente se confunde, mas sim nos dando a oportunidade de assistirmos elas por outra perspectiva.
Embora seja um filme em que o lado técnico e autoral do cineasta fale mais alto, é preciso destacar o bom desempenho dos atores que interpretaram os seus respectivos personagens e dos quais acabamos simpatizando com eles.  Embora novato na área da atuação, Fionn Whitehead até que se sai bem ao interpretar o personagem Tommy, principalmente em situações das quais se exige um determinado desempenho físico perante as situações imprevisíveis da guerra. E se Mark Rylance é a representação da humildade em meio ao caos para salvar o máximo de vidas possíveis com o seu pequeno barco, Tom Hardy nos brinda com uma atuação eficaz como herói piloto da trama e que, mesmo o acompanhando em boa parte da trama dentro do seu avião, o seu personagem acaba obtendo a nossa atenção e gerando em nós uma expectativa com relação ao final de sua missão.
Somando a tudo isso é preciso reconhecer a persistência Christopher Nolan ao usar velhos métodos cinematográficos para criação dos seus filmes. Embora seja alguém que abriu as portas para outros cineastas com relação ao uso das câmeras IMAX, Nolan opta por enquanto em sempre olhar para trás com relação ao que deu certo no cinema de antigamente, trazendo então para o presente e fazendo com que seus filmes tenha um grau de verossimilhança atraente. Portanto não é a toa que, por exemplo, ao vermos inúmeros figurantes representando os soldados na praia, acabem se tornando tão mais surpreendente do que inúmeros bonecos virtuais que poderiam ter sido usados durante a produção.
Em menos de duas horas de projeção, Dunkirk é uma prova absoluta de que as velhas técnicas de filmagens ainda são eficazes para o nascimento de um belo espetáculo cinematográfico.
 

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