23 de abril de 2019

JOHN WAYNE: A COINCIDÊNCIA DO CÂNCER E UMA POSSÍVEL DIVERGÊNCIA

A breve crítica abaixo foi escrita pelo gênio escritor e jornalista Canoense, Canabarro Tróis Filho, o "Tonito", para os amigos. Foi publicado no jornal O Timoneiro, de Canoas (RS) em 13 de fevereiro de 1987. Canabarro me presenteou com uma vasta coleção de livro e revistas sobre cinema, após descobrir que compartilhamos da mesma paixão pelo Cinema. É uma honra para este blog ter como amigo e mentor alguém como Canabarro Tróis Filho. Para saber mais sobre este nonagenário pensador e ativo escritor, curta e acompanhe a página https://www.facebook.com/BiografiaDoSeuTonito/.




JOHN WAYNE : JOHN WAYNE: A COINCIDÊNCIA DO CÂNCER E UMA POSSÍVEL DIVERGÊNCIA

Quem não viu ou ouviu falar de John Wayne, talvez o melhor "cow-boy" do Cinema? Clássicos da cinematografia dos EUA, dirigidos por John Ford, por exemplo, foram protagonizados pelo bom e varonil ator, também notabilizado por sua idéias políticas, rotuladas pelos patrulheiros como "reacionárias" ou "fascistas". E ele morreu de câncer.

Pois num sábado recente, Canal 5 passou "The Shootist (O último pistoleiro), com John Wayne vivendo um pistoleiro em fim de carreira, minado pelo câncer. Buscou um refúgio, com nome falso, mas foi descoberto e desafiado. E ele vai para seu último duelo.

A harmonização do velho pistoleiro, com as pessoas que o acolhem, enquanto espera a morte, se processa na soma de pequenas e grande demonstrações de virtudes básicas, entre elas, a honradez e o respeito aos semelhantes. Wayne teria representado um tipo indesejável ou, então, não tinha o conteúdo que o rótulo anunciava?

Um belo e sempre moderno filme, dirigido por Don Siegel, porque nos devolve à velha questão: é a arte que copia a vida ou esta copia a arte? O próprio filme pode ter a resposta: parece que a vida e a arte estão numa contínua permuta, num fluxo permanente de recriação.

(Canabarro Tróis)

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