18 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008)

Hollywood ainda é admirável. Sinto que, na última década, os grandes estúdios vem fazendo filmes à moda antiga, sem frescura, principalmente a partir da segunda metade da década de 2000, o Cinema norte-americano (limito-me a falar sobre Hollywood) tem produzido filmes grandiosos para as grandes telas, emocionantes, com ótimos roteiros, histórias fantásticas. Arrisco dizer que parece estar tentando copiar o estilo europeu.

"O Curioso Caso de Benjamin Button" se encaixa bem nessa categoria, que se caracteriza por uma despreocupação com a duração do filme, no estilo "... E O Vento Levou...". São longas tomadas, e cenas que exigem uma atenção maior para o que é dado pelos diálogos, mais do que pela cena (movimentos) em si.

O filme chega a ser um pouco monótono, mas tem ótimas pitadas de humor que não deixam cansá-lo, abrindo espaço para reflexão: como seria bom passar o tempo e ficar mais forte, belo e sábio! Na vida real, parece não ser possível, não por muito tempo, unir os três conceitos.

O filme conta a história de Benjamin Button (Brad Pitt) que nasceu com todos os aspectos de uma pessoa idosa, no fim da vida, incluindo a pele toda enrugada. Sua mãe morre no parto e pede para que o pai cuide dele... o pai se assusta com a criança e o deixa na porta de um asilo (!). A enfermeira do local pega o pequeno Benjamin para si e o cria como filho adotivo.

Desde pequeno ele se acostuma com o ir e vir das pessoas: elas chegam velhas e saem mortas... isso lhe traz certa segurança, pois como ele tem aspecto de velho, todos acham que ele é só mais um ali. O curioso é que à medida que o tempo passa ele fica mais jovem e mais forte, só que com a mentalidade de uma pessoa que está amadurecendo... quando "adolescente" todos acham que ele tem uns 75 anos, mas ele resolve sair para o mundo, se aventurar, trabalhar, namorar...

... ele chega a se casar com a sua amiga de infância, Daisy (Cate Blanchett), que só adulta entende o que acontece com ele, pois quando criança, também achava que ele era um velho. Juntos, eles tem uma filha e o drama fica sério quando Benjamin se dá conta que ele só vai ficar mais novo, que talvez sua filha não entenda e que sua mulher terá de cuidar de duas crianças.

Os efeitos visuais, a fotografia são ótimos, mas a construção do personagem por Brad Pitt é admirável. Vale muito a pena conferir.

Até a próxima.

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