6 de junho de 2011

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle: Los Angeles, 2011)

Em seus primeiros dois minutos de tela, Batalha de Los Angeles consegue colocar o espectador em meio ao caos no qual se desenvolve uma batalha mundial contra invasores extraterrestres. Depois, o ritmo fica mais lento e começa a introdução dos soldados que irão lutar na iminente batalha, o que, na verdade, é totalmente dispensável e, à excessão do personagem de Aaron Eckhart, não cria absolutamente nenhuma empatia com os personagens.

Há uma certa coragem em criar uma cena com diversos aliens saindo do mar atirando, mas isso não salva o filme. Se há uma qualidade aqui, é que esse é um dos poucos filmes sobre uma real "invasão" alienígena no estilo mais militar e com um combate mais mano-a-mano com os humanos.

A tentativa de criar um clima épico nas maiores cenas militares, falha e, com certeza, um diretor como Michael Bay poderia ter a chance de uma vida se tivesse dirigido o filme. Infelizmente, o diretor Jonathan Liebesman é praticamente um iniciante e sua falta de estilo acaba tendo seu impacto no filme.

Quando a ação finalmente começa, é mal dirigida e mal fotografada. Ao contrário de Independence Day, que tinha um ar mais "blasé", Batalha de Los Angeles tem a intenção de ser mais sujo e sério, porém há um constrangimento latente em mostrar os alienígenas em um filme com essas inclinações.

A melhor adição ao filme é Michelle Rodriguez que faz uma oficial da Força Áerea envolvida no combate e isso já diz muito. Rodriguez é uma coadjuvante muito bem vinda, como em Avatar, mas sozinha não carrega um filme, o resto do elenco de apoio é dispensável, beirando o amador.

Outro ponto onde o filme falha gravemente é nos efeitos especiais. Para um filme que depende tanto deles, ter efeitos tão obvios e mal executados é um sentença de morte. Batalha de Los Angeles só consegue qualquer efeito de credibilidade quando conta em excesso com a boa vontade do espectador.

A intenção do filme é boa, montar um bom filme de guerra contra alienígenas em uma batalha sanguinária e cruel nas ruas de Los Angeles. Infelizmente a execução é fraca, preguiçosa e o resultado final é superficial e dispensável.

Um comentário:

Victor Hugo Costa disse...

Merece ser assistido pela proposta de criar um filme de guerra contra alienígenas de forma mais real e palpável do que com um caráter futurista, inalcansável e mais mágico do que concreto.

Eu particularmente gostei da fotografia. Achei interessante o uso de câmeras sem bases rígidas na cenas de guerra, o que nos insere da batalha.

Você está coberto de razão. Apesar de merecer, não é um filme que obrigatoriamente tem que ser visto. Alienígenas por alienígenas, fico com o primeiro filme da franquia Predador, que é mais interessante.

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