28 de dezembro de 2010

A PARTIDA (Okuribito, 2008)

Esse filme ganhou o Oscar, em 2009, como melhor filme estrangeiro, mas o assisti sem saber desse detalhe. A história envolve temas que eu aprecio bastante em filmes: Música, vida e morte. Temas universais, que valem para crianças, adultos, homens e mulheres. É graças a esses temas que o filme não perde contexto e traz uma verdadeira lição de vida.

Daigo (Masahiro Motoki) é um jovem violoncelista, que toca em uma orquestra em Tóquio. Pouco tempo depois, ele perde esse emprego, pois a orquestra foi dissolvida. Junto de sua esposa, decidem voltar para o interior, onde sua mãe deixou uma casa, assim podem economizar no aluguel.

Chegando no interior em busca de emprego, Daigo encontra uma oportunidade para "auxiliar a viagem". Assim, ele vai numa entrevista e descobre que o verdadeiro trabalho é para auxiliar a última viagem, ou seja, ele deve preparar os mortos para suas viagens.

Passamos a descobrir alguns fatos da história de Daigo: sua mãe morreu e ele não veio ao eterro dela, seu pai fugiu de casa, ele toca violoncelo desde pequeno por influência do pai, entre outras coisas que permeiam a psicologia do personagem.

Vemos muito da cultura japonesa, pois essa preparação do morto trata-se de vestir e maquiar os corpos para que eles tenham a aparência de estarem vivos. Todo esse processo é feito diante da família, em luto, e deve seguir um complexo ritual a ser realizado com perfeição. Outro fato curioso é que também vemos muitas pessoas criticarem Daigo por ter esse trabalho, inclusive sua esposa.


Se você tiver oportunidade de assistir esse filme, aproveite, pois ele trata de temas cotidianos como vida e morte, trabalho, amizade, respeito, música, dificuldades, preconceito, mas principalmente, família.


Em questões de arte, o filme surpreende e faz bem feito, com pouco uso de efeitos sonoros, mas uma produção incrível. Tanto o figurino, como maquiagem são muito bem feitos, sem citar a boa localização das filmagens.

Se você já assistiu, o que achou? Conhece algum outro bom filme japonês? Comente!




2 comentários:

Rainer Alves disse...

É um dos meus filmes preferidos. Gosto dos detalhes sutis do filme, como a hora em que ele chega para trabalhar sem saber exatamente qual será sua função e a relação dele com a esposa e com o pai. Alguns aspectos da cultura japonesa em si também são muito interessantes na história: a relação que eles têm com a morte, o significado do ritual e dos objetos (lembra da pedra?), as casas de banho...
É um filme incrível, realmente vale a pena. Parabéns pela resenha (e por ter tido a iniciativa de ver um filme como esse).

Marcus disse...

Ainda não vi esse filme, mas tenho ele guardado para assistir.
Pelas críticas que li, mereceu o Oscar (o q não quer dizer muita coisa). Sou suspeito em relação aos filmes orientais, tanto q fiz um texto sobre isso.
Mas Departures fez alguns conhecidos meus chorarem, segundo eles a sensibilidade do filme é intensa.
Bela lembrança nessa crítica!!!

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