Este fim de semana experimentei junto de minha namorada da versão cinematrográfica do best-seller COMER REZAR AMAR e posso concluir que o filme é uma análise profunda sobre qualquer tipo de relacionamento, incluso o consigo.
A heroína anti-heróica Liz um dia decide se apaixonar pela vida de novo e sair da zona de conforto estabelecida, desafiando a si mesma numa aventura pessoal que a marcará até o fim de sua história. Inicialmente, a personagem está casada com Stephen e leva uma vida comum demais para seus padrões, justificando assim seu divórcio. Após, envolve-se com David, um ator destemperado o qual enxerga como “um refúgio do casamento frustrado”, mas não passa de um grande amigo. Após interromper esta relação, toma a decisão que motiva toda a história: Passará um ano em viagem para três lugares do planeta: Roma, Índia e Bali.
Das três, inicia a busca pela Itália: Foge de relacionamentos amorosos, cultiva amigos confiáveis e alguns quilos a mais devido ao excesso de massa adquirida (Cá entre nós: Vivendo na Itália, eu seria obeso. Não sei como a população é tão magra “sobrevivendo” a tanto macarronne! Haja resta!). De partida para a Índia, deixa uma mensagem bem aceita por todos os rostos femininos da sala: A “pancinha” é bem-vinda (Eu nunca reclamei e, sinceramente, dou as boas vindas à mesma. Quem pede pouca massa leva pouco molho e, ninguém procura uma vida seca).
Chegando à terra de Gandhi, Liz se depara com um senhor que implica com ela quase a viagem toda, porém será seu principal laço nesta etapa. Sua intenção na Índia é encontrar o equilíbrio interno e, assim, quem sabe, estar preparada para cair num relacionamento que valha a pena (e a liberdade). Neste momento, conhece uma jovem de 17 anos comprometida com um cara que nunca vira na vida (casamento arranjado pela família) e, por isso, abre mão do sonho de ser psicóloga. Nossa escritora aqui enfrenta um de seus piores temores: Perdoar. Antes de perdoar ao outro, perdoar-se. Se você parar para pensar, isso é realmente difícil, visto o quanto se cobra. Pessoalmente, tenho defeitos e atos falhos a perdoar e serem perdoados. Com a mensagem, acredito ter atentado com maior alarde a algumas falhas e comecei o “período de redenção” (sem aquele lance de elefantes e ioga).
Por fim, ruma para Bali (Indonésia) e encontra uma segunda vez Ketut, seu xamã, o qual não a reconhece por seu novo aspecto, este mais leve e relaxado. Garante que ela passou por seu casamento mais curto e, um segundo e comprido, está por vir. Com isso, ela que está fechada para possibilidades é jogada para fora da estrada do medo (literalmente), após ser quase atropelada pelo brasileiro também divorciado Felipe (Já viu um brasileiro que não sabe falar português? Assista ao filme). Este parece ser o início de uma nova aventura para Liz (e, quem sabe, a definitiva). Acompanhada.
Com Julia Roberts e Javier Barden, o filme ganha destaque e intensidade real, fator pouco assistido nos filmes atuais. Considero o filme bom quando, ao subir os créditos, fico digerindo a mensagem absorvida. Filmes descartáveis, com atores descartáveis e mensagens descartáveis são… adivinhe. O público não tolera e o esquecimento abraça. COMER REZAR AMAR é outro ponto na carreira dos dois atores que pontuam a cada película e representam o cinema norte-americano com a atenção que merece. Entretenimento é papo sério: Tanto quanto comer, rezar, amar, correr, respirar…
Um comentário:
Cara, assisti com minha esposa... o filme tem sérios problemas que não exaltam a mesma qualidade do filme...
o filme não só é mal dirigido, como tem uma péssima edição... tem muitas cenas que não fazem o menor sentido na trama, além do filme simplesmente não ter ritmos... a primeira 1h30min de filme é praticamente descartável e poderia ser resumido a no máximo 40 minutos...
se não fosse por Julia Roberts e Javier Bardem o filme seria descartável... ainda assim, achei os doi muito fracos...
Postar um comentário