8 de setembro de 2010

007 CONTRA GOLDFINGER (Goldfinger - 1964)

Segue abaixo mais um post do Vinício Oliveira (The Groovers) na série dos 1001 filmes para ver antes de morrer:

"Deixem me dizer que eu adoro James Bond. Sempre gostei dos filmes e, desde Goldeneye, eu assisti a todos os lançamentos de 007 no cinema. Um filme de James Bond é sempre um evento, cheio de expectativa e emoções, um filme de ação com a sua própria mitologia. É por esses e outros pontos que eu tive uma certa decepção ao assistir Goldfinger novamente.


É inegável que o filme esteja tremendamente datado e o enredo absurdo começa a se tornar ligeiramente constrangedor hoje em dia. O conjunto do filme é algo que não funciona mais tão bem atualmente. Óbvio que poderia se argumentar que um filme de 1964 não teria a capacidade de manter seu desempenho e relevancia nos dias de hoje, mas isso não é verdade uma vez que o filme anterior da série (Moscou Contra 007) ainda mantém o fôlego de sua história enxuta mesmo quando assistido depois de tanto tempo.

Então, quais seriam os méritos de 007 Contra Goldfinger? Na verdade eu acredito que há diversas qualidades no filme, mas todas elas são pontos individuais que acabam não salvando o filme. Temos a ótima interpretação de Gert Frobe como Goldfinger, ótimos diálogos, um clima de competição acirrada durante todo o filme entre o protagonista e o antagonista que teimam em se encontrar em situações não beligerantes e até mesmo agradáveis. O surgimento de Pussy Galore é um marco na história do personagem e é reconfortante ver que James Bond comete vários erros durante o filme: se engana com os espelhos na persguição de carros, seu charme é ineficiente (e até mesmo inoportuno) com as mulheres da organização de Goldfinger. Um detalhe que eu achei interessante e só notei agora que revi o filme são os vários indícios de que a personagem Pussy Galore era lésbica. Tudo muito sutil, mas definitivamente presente.

Enquanto 007 Contra Goldfinger não resistiu ao efeito do tempo tão bem como outros exemplares da série, serviu para estabelecer vários marcos da série e do cinema, como o carro cheio de aparatos (dali em diante todo agente secreto teria um), o surgimento de Q e as cantadas em Moneypenny, o vilão clássico Oddjob e a excelente musica tema.









Este post foi originalmente publicado em The Groovers.

Um comentário:

Bacalhaus disse...

Do you expect me to comment?

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