25 de janeiro de 2012

O Espião que Sabia Demais (Tinker Tailor Soldier Spy, 2011)

Baseado no livro de John Le Carré, o filme é um thriller centrado em George Smiley, um espião inglês de meia idade, extremamente astuto, que trabalha para agência Circus durante a Guerra Fria. Forçado à aposentadoria em 1973, por fazer parte da “velha guarda”, Smiley é convocado a agir novamente, a fim de investigar a existência de um agente duplo infiltrado dentro de sua antiga agência de espionagem, um "topeira", que estaria repassando informações preciosas para os soviéticos. Entre os suspeitos estão seus antigos colegas de trabalho, apelidados por seu antigo chefe com os codinomes “Funileiro” (Tinker), “Alfaiate” (Tailor) e “Soldado” (Soldier). 

Não espere grandes explosões, tampouco aquelas exuberantes perseguições de carros no estilo 007, este é um longa de espionagem sério, onde o suspense é tudo. É o tipo do filme que, se piscar, pode-se perder um momento extremamente relevante para compreender toda a trama. A história é cheia de personagens secundários importantes e sua edição é não-linear, ou seja, repleta de “flashbacks”. Portanto, toda atenção se faz necessária para entender o que está acontecendo durante a exibição. 

Dirigido por Tomas Alfredson, o filme traz uma peculiar trilha sonora, composta por Alberto Iglesias (que está concorrendo ao Oscar este ano). A direção de arte, cuidadosa, sobressai o tom sóbrio nas cores, mantendo uma unidade ao longo de todo o filme. Destaque para o elenco que é fantástico, com Tom Hardy, John Hurt, Colin Firth, Toby Jones, Mark Strong, Ciarán Hinds e Gary Oldman que interpreta de maneira brilhante (como sempre) o agente Smiley, um personagem à altura do seu potencial como ator. Merecida a indicação de Oldman ao Oscar de Melhor Ator .

Um filme diferente para tempos de grandes efeitos visuais, ótimo para estimular o cérebro. Excelente para olhares atentos. Não percam, pois vale a pena.

Até a próxima!


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