30 de junho de 2014

O Grande Hotel Budapeste (2014)

É até difícil descrever o quão espetacular é esse filme; uma obra com uma qualidade de atuações e direção que há muito não se via.

Resumidamente, O Grande Hotel Budapeste trabalha com uma história contada como uma fábula que uma pessoa ouviu de outra e passou a diante. O filme começa com uma jovem visitando um túmulo de um autor com um livro em sua mão. Na contra-capa está a foto do autor (Tom Wilkinson) e então, num flashback, está o autor contando sobre como é ser escritor e começa a descrever uma situação vivenciada no passado, quando passou uma temporada no Grande Hotel Budapeste. Assim, em mais um flashback, o autor é apresentado jovem (interpretado por Jude Law) contando como foi conhecer o grandioso senhor Zero Mustafa (F. Murray Abraham), dono do hotel. Então, em um jantar, o senhor Mustafa lhe conta como adquiriu o hotel. O filme viaja ao passado mais uma vez, com outro flashback, apresentando o jovem Zero (Tony Revolori) como o novo mensageiro do hotel e aprendiz do maior concierge de todos os tempos, M. Gustave (Ralph Fiennes). A trama do filme é concentrada em como o excêntrico sr. Gustave tornou-se dono do hotel e na amizade construída entre ele e seu mensageiro em uma longa aventura que percorreu décadas, desde os anos 30 e ainda sobrevivendo à II Guerra Mundial.

Além das excelentes atuações, o filme chama atenção, de cara, pelo excesso de grandes atores. Além dos já citados, participam do filme: Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Owen Wilson, Léa Seydoux, Bob Balaban... só pra citar os mais conhecidos. 
O que há mais de se destacar no filme é toda a composição das direções de arte e fotografia, que estão espetaculares... tomadas diferenciadas, que lembram diretamente a influência de fábulas e gravuras de histórias grandiosas... O diretor Wes Anderson, que também assina como roteirista, apesar da pouca experiência, faz algumas jogadas curiosas, como enquadrar no centro da imagem determinado personagem, criando sempre uma relação com o cenário, mostrando que tudo faz parte da história, incluindo os mínimos detalhes (até mesmo um inocente sorve artesanal).

Uma comédia, com boa dose de drama. Um filme novo que nasce um clássico para ver e rever muitas vezes. Fantástico! Confira o trailer abaixo para ter uma ideia do que esperar... Para mim, o melhor do ano até aqui...

28 de junho de 2014

A Culpa é das Estrelas (2014)

A maioria dos livros infanto-juvenis levados ao cinema (como Crepúsculo e Harry Potter) usavam o gênero fantástico para colocar os protagonistas de frente com dilemas difíceis de confrontar como amor, vida e morte. No caso de A Culpa é das Estrelas (baseado na obra do escritor John Green) sai o mundo de fantasia para, então, o jovem acostumado com vampiros brilhantes e bruxos, dar de encontro com uma trama mais crível e ver um jovem casal de protagonistas se apaixonando em meio ao drama de ambos carregarem câncer.

Embora com um tema espinhoso, a direção de Josh Boone flui muito bem entre o drama e o humor e faz com que a inusitada historia romântica convença até mesmo o cinéfilo mais exigente. Antes mesmo de se pensar numa adaptação, A Culpa é das Estrelas já era um livro bastante cultuado entre os adolescentes e, portanto, muito se temia que sua adaptação terminasse num lugar comum como aconteceu com as adaptações de Crepúsculo. Felizmente, os produtores foram felizes ao escolherem um elenco de peso na questão de coadjuvantes como Laura Dern, Sam Trammell, Lotte Verbeek e Willem Dafoe. Esse último é dono de uma das melhores interpretações no filme, mesmo aparecendo tão pouco tempo em cena.

Quanto ao casal central, o sucesso é parcial: Shailene Woodley (de Divergente) é a encarnação perfeita de Hazel, sendo que os seus olhos transmitem uma jovem que em parte perdeu um pouco da sua felicidade na infância devido à doença, mas que amadureceu com as adversidades e seguiu em frente lutando pelos seus sonhos. Já Ansel Elgort (também de Divergente), por mais que se esforce ao interpretar o Augustus, ele não nos convence muito em cena, pois o seu personagem é sempre cheio de autoestima para si e para Hazel. Mas quando o personagem se vê obrigado a revelar uma trágica verdade, acaba se tornando um momento muito artificial e que não se casa com a pessoa que ele era anteriormente. Culpa da forma como escritor John Green escreveu essa passagem no livro ou da “não” preparação de Ansel Elgort na cena? Cabe a cada um tirar suas próprias conclusões quando vir esse momento no filme! 
Com uma linguagem cinematográfica que remete essa geração de jovens plugados nas redes sociais e que estão sempre com o celular na mão, A Culpa é das Estrelas talvez seja um sinal de que esses jovens, tão acostumados ao verem os seus dilemas interiores serem usados como metáfora em meio à fantasia de outros livros e suas adaptações, pode sim saber encarar uma história mais pé no chão, mas sem deixar de lado o romantismo, ainda que mais maduro.


25 de junho de 2014

Planeta dos Macacos: O Confronto - Trailer e Poster

A Fox Film do Brasil divulga o trailer e o pôster de lançamento de “Planeta dos Macacos: O Confronto”, que estreia em 24 de julho.
No novo filme, o diretor Matt Reeves traz a esperada sequência de “Planeta dos Macacos - A Origem” à vida com os escritores Rick Jaffa, Amanda Silver, Scott Z. Burns e Mark Bomback. Planeta dos Macacos - O Confronto é estrelado por Andy Serkis, Gary Oldman, Jason Clarke, Kodi Smit-McPhee, Keri Russell e Judy Greer que seguem a crescente comunidade de primatas geneticamente evoluídos, liderados por Cesar, quando os primatas entram em contato com humanos sobreviventes pela primeira vez, em uma década, desde que a gripe símia dizimou a raça humana. O contato entre eles leva a um conflito e uma série de eventos que ameaça levar as duas raças à guerra que determinará qual espécie irá dominar a Terra.


18 de junho de 2014

Uma Noite de Crime (The Purge, 2013)


Quando estou morrendo de raiva de alguém, eu normalmente desconto no meu travesseiro ou falo coisas para mim mesmo que eu deveria ter dito na hora que fiquei com raiva. Sempre acreditei que temos um lado sombrio que não pode jamais ser despertado, mas o que aconteceria se nos dessem uma chance de extravasar sem ser punido? Será que realmente colocaria à prova a nossa verdadeira natureza? 

Isso soou na minha cabeça ao assistir a Uma Noite de Crime, dirigido por James DeMonaco (A Negociação) em que, num futuro próximo, o governo decidiu que sempre num dia do ano, as pessoas estariam livres em praticar qualquer ato criminoso sem excitar, para, assim, no resto do ano não ocorressem tais crimes. O inicio do filme, embalado com uma bela trilha clássica, sintetiza o que é esse dia fatídico nesse futuro, que nas derradeiras doze horas, as pessoas soltam o seu lado mais perverso e praticam atos terríveis. A intenção é baixar a criminalidade, mas de que adianta se as pessoas acabam praticando atos que vão muito além disso?

No fim, é um futuro onde a humanidade se tornou hipócrita, excluindo e matando pessoas que vivem nas ruas, que passam por necessidades, mas que para os que acreditam serem superiores, eles acabam que poluindo o ambiente, segundo eles. James Sandin (Ethan Hawke) é um pai de família que vive em cima do muro com relação a isso, sendo que se ele é contra ou a favor o mundo em que ele vive, sua posição mostrada no filme se torna um tanto que indecisa. Quando um mendigo de rua consegue entrar na casa deles para buscar refugio, James vai ter que ser colocado à prova sobre quais as suas reais motivações com relação ao mundo em que vive que é cheio de hostilidade. 
Hostilidade essa que é muito bem representada pelas pessoas que batem na casa da família e querem o mendigo para matar. O líder desse grupo é interpretado por Rhys Wakefield (Santuário) que acredita estar sempre nesse dia fatídico purificando a sociedade em que ele vive. Sua interpretação é assustadora e a cena em que ele surge na frente da porta da família, ao lado de outros loucos que estão usando mascaras, é de uma grande tensão.

Se criando uma verdadeira montanha russa de terror psicológico e físico, Uma Noite de Crime chega ao seu ápice no seu derradeiro final, onde as máscaras de uma sociedade pacata simplesmente cai, unicamente por possuir a liberdade de matar, quando na verdade por dentro sempre se tinha a intenção nua e crua. Nunca é tarde para se desejar a Deus que determinadas leis absurdas criadas pelo governo jamais saiam do papel.


11 de junho de 2014

PRAIA DO FUTURO (2014)

No mundo de hoje, em que mais temos incertezas do que segurança, por vezes, nos vemos em relacionamentos amorosos que mais parecem pontos de fuga para não encararmos o mundo sozinho ou, até mesmo, uma forma de fugir de uma idolatria que nós não queremos. Tudo é questão de, talvez, não desejarmos ter o peso nos ombros, de nos sentirmos livres de certas responsabilidades. Mas, no final das contas, ou somos nós mesmos ou nos perdemos na neblina.

No mais novo filme de Karim Aïnouz (de O Céu de Suely) acompanhamos Donado (Vagner Moura), transitando entre a responsabilidade de se manter como salva-vidas, manter sua imagem como herói na visão de sua família, que é representada pelo seu irmão mais novo (Jesuíta Barbosa) e a chance de escapar desse mundo e viver um tórrido romance com Konrad (Clemens Schick) um alemão que vive em Berlim. A partir do momento que Donato e Konrad se conhecem após um trágico evento, eles se veem na chance de recomeçar do zero juntos. Porém, fica a pergunta: até aonde vai a sinceridade desse relacionamento? 

Aïnouz é habilidoso em explorar de forma gradual a transformação do trio central, onde todas as facetas de suas personalidades aos poucos vão se descascando para apresentar uma nova imagem para o público. Contudo, não espere mudanças extraordinárias de cada um deles, sendo que eles apenas amadurecem com relação ao que cada um sentia e via com relação ao mundo em que se vivia. A mudança mais sentida é vinda do irmão mais novo (Barbosa), mas que mesmo sofrendo devido à ausência do seu irmão durante anos, acaba por se descobrindo e se revelando alguém até muito melhor do que o seu próprio irmão que um dia tanto admirava.

Dividido em três capítulos, o filme possui uma fotografia extraordinária, sendo que o primeiro possui uma luz e cores fortes, representando tempos mais dourados. Já o segundo e terceiro capitulo, se apresenta com um visual que representa o estado de espírito dos protagonistas, sendo tudo acinzentado e indefinido. A cidade de Berlim no final das contas se torna visualmente o interior em conflito de cada um dos três, mas que uma vez unidos talvez encontrem uma luz no final da estrada, mesmo com a neblina tão carregada.

Com uma bela trilha que nos brinda com alguns clássicos já conhecidos, Praia do Futuro talvez tenha vindo com o intuito de representar essa indefinição interior em que nós vivemos nesse nosso mundo atual e talvez não esteja muito longe da verdade.


9 de junho de 2014

O LOBO ATRÁS DA PORTA (2013)

As pessoas não nascem boas ou ruins, elas simplesmente irão se transformar em determinados tipos de pessoas de acordo com a maneira como administrarem os obstáculos que irão enfrentar no decorrer da vida. Peguemos, por exemplo, jovens que matam seus colegas de escolas por simplesmente não terem conseguido administrar o fato de serem humilhados anteriormente por serem diferentes. Ainda que indo por um caminho diferente, O Lobo Atrás da Porta nos apresenta uma trama que, se não soubermos enfrentar o mau de frente, correrá sério risco de se tornar algo pior do que ele.

Embora seja o primeiro longa metragem do cineasta Fernando Coimbra, é de se surpreender pelo fato de ele rodar uma trama que oscila entre o drama, a comédia e o mais puro suspense psicológico, o qual nos atinge de uma forma arrasadora e faz tanto nos identificarmos com os personagens, como também desejarmos não querer estar na pele deles. Essa mistura de gêneros começa já no principio, no momento que uma criança é sequestrada, mas logo nos avisam que não é nada sério, trata-se apenas da brincadeira de Rosa (Leandra Leal), uma amante ciumenta que tenta chamar a atenção do homem que ama, Bernardo (Milhem Cortaz). As cenas conjugais entre Bernardo e sua esposa (Fabiula Nascimento) beiram o drama, já os momentos de interrogatório, com um delegado desbocado (Juliano Cazarré), entram no território da comédia.

Porém, mais do que uma mistura de gêneros, O Lobo atrás da porta vai inserindo inúmeras possibilidades sobre o que realmente está acontecendo na tela. No principio ouvimos os primeiros depoimentos da esposa, marido e amante, dividindo espaço com flashbacks que revelam o que eles dizem. Contudo, algumas dessas sequências, parecem não se casarem com as palavras deles, provando então ser uma mentira encobrindo os verdadeiros fatos e exigindo maior atenção do cinéfilo.

Conforme a história avança, o filme vai criando o seu terreno particular em termos de originalidade, mesmo quando o cinéfilo mais atento irá perceber que há referência a clássicos como Rashomon de Akira Kurosawa. O grande mérito está na forma como os protagonistas vão mudando conforme o filme avança principalmente no caso da personagem Rosa, interpretada magistralmente por Leandra Leal, no que talvez seja o melhor desempenho de uma atriz que eu vi esse ano no cinema. Apresentada de uma forma inocente e vitima das circunstâncias, a própria personagem pede para nós embarcarmos na sua trágica história que, para o bem ou para o mau, compreendemos as suas ações, mesmo quando desejamos jamais chegar ao ponto de sua queda, pois do lugar onde ela cai, não há retorno para ninguém.

Esse talvez seja o maior trunfo do filme, em fazer nos identificarmos com os personagens e fazer com que fiquemos com medo de nós mesmos com os nossos atos, pois, no final das contas, eles geram consequências que, por vezes, são irreversíveis. Com isso, em nenhum momento a câmera deixa em paz cada um dos protagonistas, mesmo quando somente um está sendo focado. Coimbra, habilidoso como ninguém, sempre quando pode deixa um espelho em cena, para mostrar um determinado personagem quando não esta sendo visto, mas curiosamente ele usa esse artifício para, quem sabe, mostrar uma nova camada sendo descascada da personalidade do personagem.
Infelizmente, uma vez à mostra a nova camada dessa personalidade, nos sentimos impotentes perante essas mudanças. A pele de cordeiro é retirada, para então revelar o lobo atrás da porta, mas como eu disse, atos e consequências. Pois uma vez o lobo devorando o outro cordeiro em cena (mas sem matá-lo), acaba então cometendo o seu maior erro, transformando então a presa num verdadeiro monstro que estava adormecido.

Uma vez acontecendo isso, ficamos amarrados e somente caminhando lado a lado de uma pessoa que, antes não dávamos nada, para então percebemos que ela virou um lobo e o seu chapeuzinho vermelho é a peça principal para a sua vingança. Vingança essa que somente irá trazer dor e sofrimento para ambos os lados, que poderia ser evitado, mas não são todos desse mundo que conseguem se reerguer de uma queda e conseguir superá-la. Uma vez anjo, a pessoa se torna um demônio, não porque queria, mas a sua dor e derrota interior é por vezes mais aniquiladora. 

O Lobo atrás da porta é, com certeza, um dos filmes brasileiros mais corajosos dos últimos anos, com um final digno que nos dá um verdadeiro soco no estômago e que nos fazer desejar futuramente sempre querer repensar sobre nossas escolhas, pois as consequências podem se tornar irreversíveis e machucar a pessoa mais próxima.


4 de junho de 2014

ANJOS DA LEI 2 - Trailer Legendado


A estreia está prevista para 04 de setembro/2014

SINOPSE: Depois de enfrentarem o colégio (pela segunda vez), grandes mudanças esperam pelos oficiais Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) quando eles encaram uma missão infiltrados em uma faculdade local. Mas quando Jenko encontra sua alma gêmea no time de atletismo e Schmidt se infiltra no centro do principal cenário de arte boêmia eles começam a questionar sua parceria. Agora eles não tem apenas que solucionar o caso, mas também tem que descobrir como amadurecer seu relacionamento. Se esses dois adolescentes crescidos puderem se transformar de calouros à homens de verdade, a faculdade pode ser a melhor coisa que já aconteceu com eles.


MALÉVOLA (Maleficent, 2014)

Na época em que o clássico da Disney A Bela Adormecida foi lançado (1959), o bem e o mal eram bem definidos e sem se preocupar do porquê eles serem assim. Hoje vivemos em tempos diferentes em que é necessário saber o que leva as pessoas a serem más, pois sempre existe a esperança de uma segunda chance, mesmo que nula. Malévola nada mais é do que uma releitura do clássico, onde mostra o que aconteceria se a grande vilã do conto tivesse um grande motivo para ter ido para o lado sombrio e quem sabe uma segunda chance de volta para luz.


Dos mesmos produtores de filmes como Alice No País das Maravilhas e OZ, acompanhamos Malévola (Angelina Jolie) desde pequena e cuidando do seu mundo mágico de fadas. Infelizmente ela acabou sendo traída pelo homem que um dia amou, sendo que ele se tornou um rei tirano, Stefan (Sharlto Copley) e cortando as asas da protagonista. Com enorme ódio no coração, Malévola roga uma praga para que a primogênita do rei, Aurora (Elle Fanning) caia num sono eterno, quando espetar o dedo em uma agulha ao fazer 16 anos.


Até ai todos conhecem a história, mas a partir do momento em que Aurora é levada para floresta, para ser cuidada pelas três fadas madrinhas (interpretadas pelas atrizes (Juno Temple, Imelda Staunto e Lesley Manville), Malévola começa a vigiar a criança de longe. É nesse ponto que percebemos que a sua aproximação com a criança lhe faz se lembrar da fada boa que ela foi um dia. Esse retorno de Malévola para a luz aumenta mais ainda, graças à sua parceria com o corvo Diaval que se torna um homem (Sam Riley) e que observa também a criança de longe.

Em outras circunstâncias, vendo uma vilã se tornando uma pessoa boa que foi algum dia, poderia, em outras mãos, se tornar uma história um tanto que forçada. Porém, o grande trunfo da produção está em um nome: Angelina Jolie. Dona de uma presença magnética toda vez que surge em cena, Angelina carrega todo o filme nas costas e nos convence que a sua Malévola realmente começa a sentir amor por Aurora. Amor esse que será verdadeiro e não vindo de um príncipe encantando (Brenton Thwaites) no qual Aurora conheceu em somente um dia.


Assim como Frozen, a imagem clássica do príncipe encantando com relação ao amor verdadeiro é modificada. Sendo que, o que funcionou no passado em décadas anteriores, com certeza não funcionaria para as meninas atuais, que são mais maduras com relação ao amor. Ou seja, a Disney está observando e o que o público realmente quer ver na tela.

Com toda essa coragem em recontar um conto tão clássico, é uma pena observar com relação ao fato da produção não ter sido mais bem cuidada, sendo que os efeitos especiais, em alguns momentos, parece que foram feitos em toque de caixa. Isso sem contar todo o elenco que, perante o belo esforço de Angelina Jolie em cena, se tornam meros coadjuvantes que somente enfeitam em cena. Pelo menos, eles surgem, mas saem logo de cena para dar lugar à verdadeira protagonista, sendo um ponto muito a favor de Angelina Jolie, que fazia tempo que não obtinha um bom papel em um grande filme.


Embora seja um de muitos filmes baseados em contos de fadas que andam surgindo atualmente no cinema, Malévola se destaca pela coragem em apresentar uma nova proposta e saber se comunicar com essa nova geração de jovens cinéfilos que nada lembram a geração de A Bela Adormecida de 1959.


3 de junho de 2014

9º Festival Internacional de Cinema do RS chega a Porto Alegre.

De 04 a 11 de Junho, a capital gaúcha será protagonista da 9ª edição do Festival Internacional de Cinema do RS, que vai trazer à tona importantes e premiados títulos da cinematografia nacional e internacional. A iniciativa é da produtora Panda Filmes, que organiza a mostra de cinema desde 2004, antes conhecida como Festival de Verão do RS de Cinema Internacional, quando a realização do evento ficava restrita à estação de verão.

Na sessão de abertura, o festival exibirá o drama brasileiro O Homem das Multidões (2013), dirigido por Marcelo Gomes e Cao Guimarães e livremente inspirado no conto homônimo do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. A obra é premiadíssima, tendo ganhado o troféu Redentor de Melhor Direção na mostra Première Brasil do Festival do Rio 2013, o prêmio máximo do Festival de Cinema Latino-Americano de Toulouse, na França, e dois troféus (melhor fotografia e prêmio especial do júri) no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México. Após a exibição do longa-metragem, que ainda é inédito no Brasil, o público poderá participar de um debate sobre o filme com a presença do ator Paulo André. 

Sessão de abertura do 9º Festival Internacional de Cinema do RS
Data: 04 de Junho de 2014
Horário: 21h30
Local: Sala Paulo Amorim e Eduardo Hirtz (exibição simultânea) - Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736).
Filme: O Homem das Multidões (2013), dirigido por Marcelo Gomes e Cao Guimarães

Sessão comentada após o filme.
A entrada é gratuita e aberta ao público, mediante a distribuição prévia de senhas, a partir das 18h. Capacidade das salas juntas: 246 lugares.

Divulgação: Panda Filmes

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