Filme infantil traz o clima 'nonsense' de Shrek de volta às telas, cativando crianças e adultos.
A convite do Clube do Assinante Zero Hora, estivemos na pré-estreia de Gato de Botas. O longa de animação mistura a fantasia de antigos contos de fadas com a cultura hispânica, arraigada nos latinos norte-americanos.
Derivado da franquia Shrek, a nova história do Gato de Botas é independente das outras. Na verdade, em teoria, ela ocorreria antes de Shrek 2, quando apareceu pela primeira vez este que é o gato mais querido do Cinema, desde Chatran. Na trama, o Gato encontra a possibilidade realizar um desejo de infância: encontrar os famosos 3 feijões mágicos, que o levariam ao castelo do gigante das nuvens para pegar os ovos de ouro. Porém, no caminho, ele conhece a charmosa gata Kitty "Pata Mansa" e reencontra seu amigo de infância, o ovo Humpty Dumpty, com quem teve uma rixa há muito tempo. Juntos, os três embarcam numa aventura onde a confiança será colocada à prova até o fim.
O filme tem toda uma estética de westerns e fica evidente o peso da cultura latina. A sensualidade e paixão, típicas das danças espanholas, regem os movimentos dos gatos. Além disso, algumas pitadas do humor e o sotaque dos personagens, demostram a importância do público latino para a cultura americana atualmente, bem como para Hollywood.
Produzido pela Paramount e pela DreamWorks, a direção ficou a cargo de Chris Miller (de Shrek Terceiro). O filme traz as vozes de Antonio Banderas como o Gato de Botas, Salma Hayek no papel da maliciosa gata Kitty Softpaws e Zach Galifianakis como o ovo Humpty Dumpty, além das participações de Gillermo del Toro e Billy Bob Thorton.
O longa é bem animado, nos dois sentidos. No primeiro, posso dizer que ainda me impressiono com a tecnologia das animações digitais, as texturas e a fotografia cada vez mais realistas. Gato de Botas representa perfeitamente este momento do Cinema e, dessa vez, tenho que admitir que o 3D foi muito bem aproveitado.
No segundo sentido, reforço que o filme é muito engraçado, não só para as crianças. Ele te leva, muitas vezes, a pensar que na próxima cena vai ocorrer o óbvio, mas surpreende com algo melhor e mais engraçado, típico da franquia Shrek, com suas piadas sem noção, que só adultos entendem. Há também momentos de drama intenso, como numa cena em que o Gato de Botas é preso numa cela escura; não eram poucas as crianças que choraram de tristeza profunda nesse momento. Na verdade, isso é algo recompensador: ir ao Cinema e ver como as pessoas, principalmente as crianças, deixam suas emoções aflorarem durante a exibição. Para mim, se um filme consegue fazer alguém rir e chorar, já tem seu mérito.
Não posso deixar de comentar também uma frase dita no filme, que é a mais pura verdade: "Donos de gatos são loucos". Digo isto com propriedade, pois sou dono dos felinos Gisele e Gilberto.
Gato de Botas estreia na próxima sexta-feira, dia 9 de dezembro e é a grande produção deste final de ano. Adulto ou criança, não perca, pois vale a pena!
Um comentário:
Perfeita a crítica, João! Lindo o filme! Eu ri mais que as crianças no cinema. =)
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