O Garanhão Italiano de volta pela última vez
Seria este apelido (Italian Stallion) uma referência aos tempos em que o Stallone fazia filmes pornôs? Isso, na realidade, pouco importa. O que interessa é que, apesar de extremamente canastrão, Sylvester Stallone trabalhou duro e mereceu as indicações ao Oscar com Rocky, Um Lutador (1976).
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Rocky |
Este, que é o 1º da série, conta a história de um lutador de box amador, apaixonado pela Adrian, irmã do melhor amigo, Paulie. Por ser forte e valentão, trabalha como capanga de um gângster na Filadélfia, sua cidade. Quando menos espera, ele recebe a oferta de enfrentar o campeão mundial dos pesos-pesados, Apollo Creed, cuja imagem está desgastada junto à opinião pública, que considera suas vitórias arranjadas. Rocky dá tudo de si para provar que, mesmo que não ganhe a luta, ele pode ficar em pé até soar o último gongo. A mensagem do filme é "Você pode passar a vida inteira sendo um Zé Ninguém, mas se você tiver uma chance de vencer na vida, tem que agarrá-la com todas as suas forças e tentar".
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Rocky II |
O sucesso merecido do filme, tanto de bilheteria, como de premiações, rendeu o dever de prolongar para mais um título. A Revanche (1979), como sugere o nome, é a segunda luta entre Balboa e Creed. Mesmo sendo um south paw (canhoto), Rocky aprende com seu treinador, Mickey, a lutar como destro para confundir o adversário. Não tão bom quanto o primeiro, é uma sequência bem feita e emocionante.
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Rocky III |
Como tudo que é bom vem em trilogias, surge O Desavio Supremo (1982). Rocky, então campeão mundial, resolve se aposentar, mas se vê desafiado por Clubber Lang, um lutador violento, que deseja ter a mesma sorte que ele teve de conquistar o título mundial. Balboa aceita como última luta, mas perde o título e seu treinador, Mickey, vítima de um enfarte. Apollo Creed, aposentado, resolve treiná-lo e ainda lhe ensina alguns truques, pois não quer que aconteça com Rocky o que aconteceu com ele, perdeu o Olhar de Tigre (Eye of the Tiger). Nesse filme, o personagem de Stallone já é reconhecido fora das telas como um símbolo americano e o filho querido da Filadélfia. A música tema, feita pela banda Survivor, marcou gerações e emociona até hoje.
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Rocky IV |
Continuações de sucesso encontram limites para manter a qualidade. A saga de Balboa encontrou sua fossa em Rocky IV (1985). O filme foi feito, na verdade, para ilustrar o embate ideológico entre Estados Unidos e União Soviética, em função da Guerra Fria. O adversário russo, Drago, é superior em força e mata seu amigo, Apollo Creed, numa luta de exibição, que teve até show com James Brown. Não seria dessa vez que o Garanhão Italiano iria desabar. Rocky, quase morto na luta final, se ergue, de repente, e espanca o russo até que... os russos (lá na Rússia), começam a torcer para o americano, símbolo da força e da liberdade que eles não poderiam ter em um regime comunista. A obra é cheia de analogias com a propaganda política cinematográfica. O filme é muito pobre, tem poucos diálogos, muita música típica dos anos de 1980 e péssimas atuações.
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Rocky V |
Rocky V (1990) só não foi pior que seu antecessor. Este, que deveria ser o último, conta a história de quando Rocky finalmente se aposenta e começa a treinar um garoto cheio de fúria, o Tommy "Machine" Gunn. O rapaz é ambicioso e aceita ser agenciado por um mega empresário do boxe (clara referência ao Don King), traindo a confiança de Balboa. Rocky ainda têm conflitos pessoais com seu filho adolescente para resolver, mas no final fica tudo bem: ele dá uma surra no Tommy, faz as pazes com o filho e, apesar de Tommy ganhar o título mundial, todos ainda consideram Rocky o verdadeiro campeão invicto. O filme chamou atenção na época por Stallone ter convidado o lutador profissional Tommy Morrison para interpretar Gunn e escalado seu próprio filho Sage para interpretar o filho de Rocky...
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Rocky Balboa |
Mas os fãs não estavam satisfeitos, o maior lutador de todos os tempos, um dos heróis americanos, não poderia deixar as grandes telas em uma de suas piores continuações. Foi então que o projeto de anos saiu da gaveta e, o já sessentão Balboa, resolve voltar ao ringue e trocar soquinhos com o atual campeão mundial, Mason 'The Line' Dixon. Nesta obra ele novamente convoca um profissional do boxe para interpretar seu adversário; o felizardo dessa vez foi Antonio Tarver, que deu vida a Dixon. Em Rocky Balboa (2006), Stallone está monstruosamente forte, fruto de tantos anabolizantes que toma para manter a forma. O filme, no entanton é adorável; relembra o sentimento do 1º Rocky: um cara simples, humilde, de bom coração, que só quer fazer o que gosta. Ele volta aos ringues e a plateia grita seu nome como se ele nunca tivesse se aposentado; gritam seu nome, como os fãs dos filmes gritaram durante décadas.
Quem gosta de boxe, TEM que assistir; quem gosta de Cinema é obrigado a ver Rocky, Um Lutador e aprender o que se pode fazer com poucos recursos. Lembrando que nenhum dos filmes é sobre pancadaria, não são filmes de ação, mas um drama sobre a necessidade humana de melhorar-se, progredir, evoluir.
Dificilmente teremos um novo Rocky com Satallone. Alguns boatos giram em torno de um remake, uma prequel ou até mesmo de uma história paralela, sobre o neto de Creed, treinado pelo Rocky. Independente disso, o material que temos hoje é rico o suficiente para sempre nos encantar e nos emocionar.
Curtam o trailer do último filme, abaixo.
ROCKY, ROCKY, ROCKY, ROCKY, ROCKY, ROCKY, ROCKY, ROCKY!