19 de outubro de 2016

O Bebê de Bridget Jones (2016)

O comentário do dia é da minha querida amiga Gabriela Cerqueira. Confiram sua crítica abaixo.
Have you met Miss Jones?


Estreou na quinta-feira (6/10) no país o terceiro filme sobre Bridget Jones, personagem idealizada pela escritora britânica Hellen Fielding que representou um alívio às mulheres de 30 fartas da pergunta “e os namoradinhos?”. O Cinema sem Frescura delegou a duas B.Js fãs e bff gaúchas o reencontro com uma velha amiga, pois é essa sensação que “O Bebê de Bridget Jones” deixa.
O período de cerca de 12 anos de intervalo entre o último filme adaptado do livro Bridget Jones 2 – No Limite da Razão e o lançamento do terceiro longa não deixou os fãs em total jejum, já que em 2013 foi lançado o livro Bridget Jones – Louca Pelo Garoto. Porém, o roteiro seguido pela diretora Sharon Maguire traz uma nova história, que guarda semelhanças com o contexto do livro. Como o pôster principal do longa prenuncia, a troca do diário em modelo moleskine por um Ipad vermelho simboliza que a Bridget não parou no tempo. Se no livro há passagens hilárias de sua batalha por seguidores no Twitter, no filme vemos uma Bridget bem-sucedida como produtora de TV atenta às mídias sociais, solteira e com resultado de todas aquelas anotações sobre o peso transparecendo em uma silhueta mais fina.
Mas... Ainda é a nossa velha Bridget, ok! E é justamente o que o filme preserva da sua personalidade e da narrativa de Hellen Fielding que trouxe uma grata surpresa aos fãs e à crítica, já que parecia uma produção que tinha tudo para dar errado. A começar pela recusa de Hugh Grant de participar da sequência e levar com ele a esperança de mais uma cena das clássicas lutas de Daniel Cleaver e Mark Darcy (Colin Firth), embaladas com uma trilha sonora inusitada. Outro fato que causou espanto foi a mudança de aparência da Renée Zellweger, que após ter ganhado peso para interpretar a personagem nos dois filmes até então, apareceu mais magra e com mudanças em seu rosto. Como no livro Bridget permanecia com ganho e perda de peso recorrente, ficou a dúvida se a sua nova aparência iria remeter à Bridget. Felizmente, a impressão que ficou é que os anos passaram para ela e para a personagem de tal modo que a Bridget de 43 anos do filme seria impensável sem a nova Renée. O elenco recebeu dois nomes de peso, Patrick Dempsey para interpretar Jack Qwant, o americano rival de Mark, e Emma Thompson, que reforça aquele ar britânico que encanta no filme interpretando uma médica obstetra com humor inglês.
Superadas as mudanças, o que vimos foi uma história que nos fez chorar de rir, e de chorar somente. Quando a Bridget engravida e não tem como precisar se o bebê é de Mark ou Jack (spoiler, se esconda! Vamos combinar que em uma semana transar com o Jack em um festival de música e com o Mark em um chá de bebê confundiria qualquer uma de nós!), lá se vão todas aquelas metas que ela se impõe e vamos acompanhando os desencontros, as ideias malucas e as soluções que mereciam o “Troféu Cebolinha de Planos Infalíveis”. O conflito de gerações no trabalho é outra questão bem atual que o longa trás, com a Bridget tentando manter o emprego frente a uma nova gestão de representantes da geração Y. O longa joga muito bem com os assuntos recorrentes hoje e com as características clássicas do filme, que são a trilha sonora perfeita para cada cena, os cenários familiares e, principalmente, a personalidade da Bridget, trazendo um recado implícito: valores não mudam.  (Corre que lá vem spoiler) A diretora foi muito feliz em colocar cenas entre Bridget e Mark no primeiro filme, o que impressiona por ver que apesar do tempo, permanece aquela mesma troca de olhares que provoca suspiros nos telespectadores. A única perda do longa foi, de fato, Hugh Grant, embora o seu personagem tenha sido mencionado em diferentes momentos. Os demais personagens permanecem, a exemplo dos pais fofinhos e do trio de amigos fiéis.  
O CSF recomenda fortemente que melhores amigas assistam juntas a produção. As duas que vos falam passaram longos períodos sem se ver, mas o reencontro nosso vendo o filme serviu apenas para acrescentar a mensagem principal a essa resenha: não se preocupe, reencontrar a Bridget será como aquelas amizades verdadeiras que não importa o tempo ou a distância – nada muda e isso é maravilhoso!
Um oferecimento das pipocas do Cine Sem Frescura: Raquel&Gabi

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