Seja uma trama original, ou
baseada em outra fonte, Tim Burton sempre injetará a sua visão particular na
criação dos seus filmes. Muito se deve da forma como ele enxerga o mundo, do qual
as cores acinzentadas da nossa realidade predominam, enquanto as cores quentes
e coloridas pertencem a uma realidade cada vez mais escondida da nossa. Tendo
esse pensamento, O Lar das Crianças Peculiares se encaixa como uma luva nas
mãos do cineasta, muito embora eu seja suspeito a dizer, já que eu não li os
livros de Ransom Riggs que deram origem a trama.
Mas independente de ser ou não fiel a sua fonte, Burton criou um filme do qual facilmente o público em geral se identifica: garoto comum chamado Jacob (Asa Butterfield) descobre através do seu avô um orfanato com crianças, cujo seus dons fazem com que elas se isolem da humanidade. Ao dar de encontro com essa realidade, isso faz com que o jovem protagonista descubra suas reais raízes e ligadas aquele mundo.
Numa primeira analise, o filme parece uma mistura de X-Men com Harry Potter, mas diferente do que se viam nessas franquias, essas crianças não são destinadas a salvar o mundo, mas sim viverem com os seus dons, independente de ter ou não contato com as pessoas comuns. Como não poderia deixar de ser, há sempre um professor para melhor orientar esses personagens especiais e cabe então a personagem enigmática Srta. Peregrine, interpretada com elegância e ambigüidade pela bela e talentosa Eva Green.
Uma vez apresentado aquele mundo, Jacob se torna os nossos olhos perante a essa realidade, onde acaba conhecendo gradualmente cada uma das crianças e de seus dons peculiares. Embora algumas tenham pouco espaço da trama, cada uma tem uma especialidade distinta, da qual se destaca, principalmente quando todos trabalham em grupo. Ponto para Burton, já que se preocupou ao criar aquelas jovens figuras como não decorativas, mas sim reais e humanas.
Mas independente de ser ou não fiel a sua fonte, Burton criou um filme do qual facilmente o público em geral se identifica: garoto comum chamado Jacob (Asa Butterfield) descobre através do seu avô um orfanato com crianças, cujo seus dons fazem com que elas se isolem da humanidade. Ao dar de encontro com essa realidade, isso faz com que o jovem protagonista descubra suas reais raízes e ligadas aquele mundo.
Numa primeira analise, o filme parece uma mistura de X-Men com Harry Potter, mas diferente do que se viam nessas franquias, essas crianças não são destinadas a salvar o mundo, mas sim viverem com os seus dons, independente de ter ou não contato com as pessoas comuns. Como não poderia deixar de ser, há sempre um professor para melhor orientar esses personagens especiais e cabe então a personagem enigmática Srta. Peregrine, interpretada com elegância e ambigüidade pela bela e talentosa Eva Green.
Uma vez apresentado aquele mundo, Jacob se torna os nossos olhos perante a essa realidade, onde acaba conhecendo gradualmente cada uma das crianças e de seus dons peculiares. Embora algumas tenham pouco espaço da trama, cada uma tem uma especialidade distinta, da qual se destaca, principalmente quando todos trabalham em grupo. Ponto para Burton, já que se preocupou ao criar aquelas jovens figuras como não decorativas, mas sim reais e humanas.
Embora seja inspirado num conto infanto-juvenil,
Burton foi cauteloso em querer ousar em algumas passagens da trama, ao fazer com
que elas se tornem no mínimo curiosas e estranhas perante aos nossos olhos.
Isso acontece principalmente quando são apresentados os vilões, sendo que
alguns deles foram apelidados de “Monstros sem Olhos”, cuja suas imagens são no
mínimo desconcertantes: a cena que essas criaturas devoram os olhos de algumas
crianças peculiares é bem aterradora.
Falando em vilões, boa parte deles é liderada pelo sombrio personagem Barron, interpretado por um Samuel L. Jackson completamente fora do seu habitat natural. Embora talentoso, infelizmente parece que Jackson anda nos brindando com bons desempenhos somente nos filmes de Tarantino, já que ele dá a impressão, de que pelas mãos de outros cineastas ele nunca realmente se solta. Mas talvez eu esteja exigindo demais do astro, já que é a primeira vez dele no universo de Tim Burton e se seu personagem não ajuda, também não quer dizer que atrapalha.
Falando em vilões, boa parte deles é liderada pelo sombrio personagem Barron, interpretado por um Samuel L. Jackson completamente fora do seu habitat natural. Embora talentoso, infelizmente parece que Jackson anda nos brindando com bons desempenhos somente nos filmes de Tarantino, já que ele dá a impressão, de que pelas mãos de outros cineastas ele nunca realmente se solta. Mas talvez eu esteja exigindo demais do astro, já que é a primeira vez dele no universo de Tim Burton e se seu personagem não ajuda, também não quer dizer que atrapalha.
Mas o que eu mais tinha
receio quando eu fui ver esse filme, é se Burton teria cuidado nas cenas de ação
que exigem efeitos especiais, já que ele meio que errou a mão no ato final de
Sombras da Noite (2012). Felizmente Burton deve ter ouvido as críticas, já que
quando acontecem cenas de ação que exigem efeitos visuais, elas nunca soam exageradas,
mas sim muito bem inseridas e fazendo com que a gente compreendesse muito bem o
que acontece na tela. Não tem como não deixar de gostar do ato final onde a
ação se passa num píer, onde Burton presta uma bela homenagem ao clássico de
aventura Jasão e os Argonautas (1963).
Embora seja um cineasta autoral, Tim Burton prova novamente que sabe agradar o grande público e O Lar das Crianças Peculiares é um pequeno convite para as pessoas comuns adentrarem a um ambiente estranho, mas encantador.
Embora seja um cineasta autoral, Tim Burton prova novamente que sabe agradar o grande público e O Lar das Crianças Peculiares é um pequeno convite para as pessoas comuns adentrarem a um ambiente estranho, mas encantador.
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