Sinopse: Para sua quinta colaboração de longa-metragens animados, a Illumination Entertainment e a Universal Pictures apresentam Pets - A Vida Secreta dos Bichos, uma comédia sobre a vida que nossos animais levam depois de sairmos para o trabalho ou para a escola todos os dias.
Refilmagens sempre serão vistas com
desconfiança, principalmente quando a refilmagem si é de um grande clássico.
Porém, são poucos que sabem que Ben-Hur de 1959 é na realidade a terceira
versão do conto (a primeira data de 1907) e prova que não é de hoje que o
cinema americano revisita as suas obras. Por isso, é preciso assistir a essa
mais nova versão do clássico de mente aberta e sem exigir muito dela, pois o
filme em si não tem a pretensão para tanto.
Dirigido Timur
Bekmambetov (Procurado), acompanhamos a história da forte amizade entre
príncipe judeu Judah Ben Hur (Jack Huston) e o romano Messala (Toby Kebbell),
sendo ambos criados como irmãos. Embora com fortes laços com a família que o
criou, o governo romano atrai os desejos de Messala para ganhar mais
reconhecimento e ser independente em vida. Isso gerará consequências
desastrosas e fará com que ambos os irmãos entrem em um terrível conflito.
Quem conhece a
história de cor e salteado, já sabe o que irá acontecer durante o filme. Porém,
não esperem por passagens semelhantes como a do filme de 1959 e tão pouco por
algo que foi lido no livro de Lew Wallace, pois se na versão estrelada por
Charlton Heston não há indícios de que houve uma relação homossexual entre Ben
Hur e Messala (embora Stephen Boyd tenha trabalhado bem com a idéia na época
sem que o astro conservador percebesse), esse novo filme também não trás nada
com relação a isso. Porém, assistir a esse filme é como se assistíssemos a
trama pela primeira vez, pois há uma identidade própria da qual o cineasta teve
o cuidado de querer criar e nos passá-la.
Com isso, sempre
quando nos preparamos para um próximo ato do qual sabemos o que irá acontecer,
somos surpreendidos da forma como ele é novamente encenado para o público de
hoje. Não há como negar que a cena onde vemos o protagonista já escravizado e
remando no navio romano durante a guerra contra os gregos, chega a ser tão boa
quanto à versão de 1959. Graças a uma bela fotografia, e uma trilha sonora
inquietante, torna esse momento cru e angustiante.
Mas se ela funciona
muito se deve a Jack Huston em cena, pois embora ainda tenha muito que provar
com relação a sua versatilidade, aqui ele conseguiu criar um Ben Hur com uma
presença forte em cenas das quais exigem um grau de dramaticidade. O mesmo se
pode dizer de Toby Kebbell (Warcraft) como Messala, pois se na versão de 1959,
Stephen Boyd era uma vilania em pessoa, aqui vemos um personagem dividido no
que ele acredita vindo de Roma, como também com relação aos laços que ele tem
com Ben Hur e sua família. Já Morgan Freeman como Ildarin não é um grande
desafio para o veterano ator, pois a sua presença em cena já basta.
E se muitas pessoas
duvidavam que essa nova versão da corrida de bigas jamais superaria a clássica,
devo confessar que ela me empolgou muito. Não que ela supere ao que foi
apreciado em 1959, mas o cineasta Bekmambetov usou o melhor da pirotecnia atual
para passar um grau de verossimilhança na sequência e fazê-la dela crua e
brutal. O final dela todos nós conhecemos, muito embora com resultados bem
diferentes.
Infelizmente após
essa sequência, o filme decai muito, principalmente pelo fato de todas as
pontas soltas da trama ser finalizadas um tanto que rápidas demais, como se os
roteiristas temessem em estar testando a paciência do cinéfilo. Esse passo em
falso acabou prejudicando o desempenho de Rodrigo Santoro como Jesus Cristo em
cena, pois sua participação é pequena, embora poderosa. A meu ver muitas cenas
com o ator foram cortadas e dando a sensação clara de que havia muito mais a oferecer
do que foi apresentado.
E essa correria de
querer encerrar o filme acaba meio que prejudicando até mesmo a proposta final
da obra, da qual devemos ser mais tolerantes com o próximo. Se na versão de
1959, isso é muito bem colocada em pauta, aqui ela é mais acentuada,
principalmente com o destino final de um dos personagens que, difere de todas
as outras versões, mas que soa superficial e pouco convencera o cinéfilo que
for assistir. É casos como esse de falta de coragem da parte dos criadores, que
abraçam de uma forma fácil em agradar as plateias, ao invés de desafiá-las para
assistir por algo que desafie as suas perspectivas.
Com esses pesares, Ben-Hur
pelo menos não ofende aqueles que defendem com unhas e dentes a versão de 1959
e pode ser visto sem medo, desde que não exija demais do longa metragem.
Vivemos uma espécie de "a era dos filmes de horror das sombras", onde não é preciso banhos de sangue para chocar, pois basta a sugestão e a pirotecnia de fazer filmes de terror como antigamente para alcançar o efeito eficaz. Filmes como Invocação do Mal, Mama e Paranormal são exemplos de produções, cujos orçamentos são curtos, mas com tramas que, embora em alguns momentos previsíveis, são engenhosas por conseguir atrair um grande público. Quando as Luzes se Apagam é o mais novo filme dessa leva e que não irá decepcionar aqueles que buscam sustos que nos faz saltar da cadeira.
Dirigido pelo estreante David F. Sandberg, acompanhamos a vida de dois irmãos Rebecca (Teresa Palmer) e Martin, que são assombrados desde novos por um vulto sinistro que surge na escuridão. O vulto em si desaparece no momento em que as luzes são acessas e o que faz para os jovens a sua principal arma. Aos poucos, se descobre que a mãe deles (Maria Bello) possui uma estranha ligação com essa entidade da escuridão.
Embora num primeiro momento a premissa pareça original, ela na realidade já foi vista em alguns filmes, como no caso Eclipse Mortal de 1999, mas usada aqui com elementos já visto em filmes recentes, como os citados acima. Porém, uma vez que o filme começa, ele nos prende, pois ficamos nos perguntando do por que dessa entidade surgir e atormentar a todo custo os personagens. As respostas estão lá, mas por mais clichês que elas sejam isso é o que menos importa desde que as cenas nos provoquem o maior susto possível.
Nesse último caso o filme é muito eficaz, pois nunca sabemos quando a entidade irá surgir e atacar os protagonistas. Se há um efeito visual em cena ele na realidade é mínimo, pois o que conta é o ótimo trabalho de dublê que cria o ser, além dos efeitos sonoros e movimentos de câmera que criam o clima opressor desejado. Tudo isso faz com que prendemos as mãos na poltrona, pois com certeza haverá muitas cenas com o teor surpresa para assustar.
É claro que num filme como esse é preciso haver bons protagonistas, sendo que aqui no caso, o sucesso é um tanto que parcial. Se Maria Bello nos convence como uma mãe caindo em depressão e assombrada pelo ser misterioso, temos a jovem atriz Teresa Palmer, uma espécie de Kristen Stewart melhorada, mas que terá muito chão pela frente para nos convencer que está apta a ser uma verdadeira protagonista. Embora com algumas interpretações engessadas, o filme consegue fazer com que a gente se importe com o destino dos personagens, mesmo quando o filme se encaminha por um ato final bem previsível.
Embora com as suas falhas, Quando as Luzes se Apagam é entretenimento puro para aqueles que buscam ótimos sustos, mesmo quando a trama nos passa uma sensação de Déjà vu durante a sessão.
Produção: Mark Burnett, Sean Daniel, Duncan Henderson, Joni Levin
Elenco: Jack Huston, Morgan Freeman, Rodrigo Santoro, Toby Kebbell, Nazanin Boniadi, Haluk Bilginer, Pilou Asbæk, Marwan Kenzari, Moises Arias
Sinopse: Nova adaptação do romance de Lew Wallace, já levado ao cinema por William Wyler em 1959. Um homem, que sobreviveu a anos de escravidão, vai procurar vingança contra seu ex-melhor amigo, que o traiu.
Sinopse: Com roteiro de Ike Barinholtz e David Stassen, a comédia acompanha Bob, um nerd que sofreu muito bullying em sua época de colégio e virou um musculoso e letal agente da CIA. Chamado para recuperar todo o programa de espiões dos Estados Unidos, ele decide procurar Calvin, um dos valentões da sala que acabou transformando-se em um simples contador. Antes que contador perceba em que está se metendo, o amigo o arrasta para um mundo de tiroteios, traição e espionagem que poderá matá-los de diversas maneiras.
Ótimos trailers, visual pop e uma trilha sonora que faz qualquer um
correr para baixar na internet. Foi assim ao longo dos meses em que a Warner/DC
vendeu Esquadrão Suicida, filme que conta com a formação de vilões para missões
suicidas, mas que só com essa premissa já vendia o filme de bom grado. O
problema é que os fãs de HQ, mais os fãs que nasceram assistindo e curtindo o
material promocional, criaram tanta expectativa com relação a esse filme que
muitos podem se decepcionar com o resultado final da obra, mas não significa
que seja uma bomba.
Dirigido por David Ayer (do ótimo Corações de Ferro), o filme já
começa muito bem, ao nos apresentar cada um dos personagens através de um
criativo flashback, onde o 3D, aliás, cumpre muito bem o seu propósito. Através
das palavras, e dona iniciativa esquadrão X, Amanda Waller (Viola Davis,
ótima), podemos conferir um pouco as motivações de cada um dos personagens e do
por que deles terem ido atrás das grades. Claro que estamos falando de inúmeros
personagens e nem todos claro, puderam ter o seu espaço necessário para ser
mais bem desenvolvido.
Desses flashbacks, se destacam Pistoleiro (Smith), Arlequina (Margot
Robbie) e com o seu desejo doentio pelo Coringa (Jared Leto). É aí que o filme
já começa com os seus trunfos e desleixos, pois se Smith cumpre bem o seu
papel, principalmente com boas motivações dramáticas, a origem da relação dos
dois palhaços do crime poderia ter sido mais bem elaborada. Ao invés disso a
apresentação de ambos é muito rápida e fazendo a gente desejar mais pela
presença dos dois juntos em cena.
Portanto, quem esperava por mais cenas de Jared Leto como Coringa,
pode se decepcionar, mas ao mesmo tempo ele nos convence de que cumpriu o seu
trabalho em criar um Coringa diferente do que já foi visto antes. Não espere
por algo digno de Oscar, pois o roteiro e tempo dado de projeção não lhe dá
essa oportunidade para tal feito, mas podemos pelo menos torcer para que ele
retorne num futuro novo filme do Batman. Quem se saiu melhor é Margot Robbie
com a sua versão de Alerquina, pois atriz soube compreender a essência, o que é
a personagem e criando então uma mulher louca, imprevisível e incompreensível,
pois não há muita lógica na origem desse amor que ela sente pelo psicopata
palhaço.
Apesar dos citados acima serem a alma do filme, é bom salientar que os
outros personagens se destacam, mesmo com pouco tempo em cena como já havia
dito. Magia (Cara Delevingne) é uma personagem trágica, cujo seu primeiro
visual em cena se destaca. Infelizmente, parece que os roteiristas quiseram
elevar o seu poder e transformando ela numa mistura de vilã dos Caça Fantasmas
com a Maligna de He-Man. O resultado são efeitos visuais formando o visual da
personagem, mas que soam desnecessários para trama e que não precisava necessariamente
disso.
Outro que se destaca é El Diablo (Jay Hernandez), talvez, com as
motivações mais bem apresentadas na trama Com um passado trágico, o personagem
se encontra deslocado no grupo, pois não quer se envolver e tão pouco busca uma
redenção pelo que já fez. As circunstâncias fará para que ele aja em ação e
gerando bons momentos no filme.
Mas estamos falando de um grupo formado para derrotar perigos contra
humanidade. A meu ver, esse perigo quando surge é o que menos importa, pois nos
interessamos mais pela interação desses personagens um com o outro e como eles
saberão trabalhar em equipe, quando na realidade eles não estão nem ai em
salvar a humanidade, até certo ponto é claro.Quando o grupo é jogado numa cidade para enfrentar determinado mal,
curtimos a criação gradual da união da equipe e os momentos de pausa onde eles
revelam o outro lado de suas personalidades: a cena em que todos param para
beber num bar e colocar para fora as suas dores é minha parte preferida do
filme.
Quando então os personagens precisam agir para sobreviverem, as cenas
de ação são eficazes, mas não espere por nada glorioso, mas sim um clima meio
pé no chão com relação a elas. Dito isso, quando a trupe precisa encarar a
entidade do mal da trama, eis que é um momento que oscila entre eficaz e
desleixo, pois os efeitos visuais aqui, por vezes, se tornam o verdadeiro vilão
da trama e que poderiam ter sido, não bem elaborados, mas sim apresentados em
menor grau. É o calor humano do grupo que é a melhor coisa do filme e não é
efeito visual que irá substituir ou melhorar isso, mas é um assunto que,
infelizmente, os produtores da Warner ainda não entendem ou não querem saber.
Mesmo com os seusaltos e
baixos, Esquadrão Suicida é um filme com potencial para atrair um grande
público, mas se tivesse sido 100% melhor elaborado, aí sim o céu seria o limite
para esses personagens vilanescos, porém, humanos.
Quando se achava que o gênero de ação estava em decadência no início do século 21, eis que surgiu a trilogia do Bourne, protagonizada por Matt Damon e comandada por uma mão precisa pelo cineasta Paul Greengrass (Domingo Sangrento). Elogiada pela crítica e público, a trilogia possuía um alto grau de verossimilhança, servindo assim de base para renovação do gênero ação/espionagem, ao ponto que a franquia 007 teve que se renovar o quanto antes para não ficar para trás. Claro que o estúdio Universal não quis largar o osso, criando até mesmo um filme derivado (O legado de Bourne), mas que não convenceu a maioria e por isso, após inúmeras tentativas de convencer astro e cineasta, finalmente chegamos a Jason Bourne.
Após descobrir quem realmente era no ato final da trilogia, Bourne (Damon) vive escondido como lutador de rua e querendo deixar para trás o seu passado de espionagem e desertor. Porém, Nicky Parsons (Julia Stiles) descobre novas informações do seu passado e decide então informá-lo de fatos que nem ele sabia. Isso desperta a fúria do ex-chefe CIA Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que deseja eliminar a todo custo Bourne, mas ao mesmo tempo, tem ajuda de uma nova agente Heather Lee (Alicia Vikander) e que acredita que a melhor solução para terminar com essa crise é recrutando novamente o agente.
Diferente da trilogia original, onde a cada momento os roteiristas inventavam momentos imprevisíveis, aqui o estopim dos eventos acaba soando bastante simples, para não dizer previsível em alguns momentos da trama. Na realidade, o filme deixa um pouco (aparentemente) de lado o jogo político, se concentrando mais nas motivações dos personagens e na ação que se desencadeia devido as suas ações. Isso torna a trama mais limpa e faz com que a gente não pense muito sobre o que está acontecendo na tela, mas sim para curtir cada momento de ação que ocorre nela.
Ação, aliás, é o carro chefe no decorrer do filme. Graças a uma montagem habilidosa, presenciamos inúmeras cenas de ação, perseguição e lutas corpo a corpo muito bem filmadas. Embora ajam algumas cenas de ação, principalmente no seu ato final, onde acontecem inúmeras explosões e correrias, a gente nunca se perde sobre o que acontece na tela, mesmo quando ocorre um sério risco disso acontecer.
Matt Damon retorna a vontade em seu personagem, mas com poucas palavras e mais ação física, mas dando conta muito bem das cenas perigosas. Tommy Lee Jones está bem cena, mas nada muito diferente do que já foi visto em outros papeis. E se Vincent Cassel tem o seu talento um tanto que desperdiçado em cena, a grande surpresa fica por conta da atriz Alicia Vikander (Garota Dinamarquesa), da qual consegue criar para a sua personagem uma aura de ambiguidade, pois nunca sabemos ao certo quais as suas reais intenções no caso Bourne e se tornando a melhor personagem do filme.
Embora os conflitos da trama se resolvam num ato final cheio de ação nas ruas de Las Vegas, era inevitável que houvesse um gancho para uma possível sequência. O caso que a trilogia do Bourne tinha começo, meio e fim, mas querer dar continuidade a saga do espião desmemoriado, pode gerar um sério risco de cair num lugar comum, assim como acontece a longas franquias de cinema. Só o futuro irá dizer em que situação o agente Bourne irá ficar, pois nunca se sabe o que ele pode se lembrar e partir para uma nova missão em busca de verdades do seu passado.
No final dos anos 70, e início dos anos 80,
Steven Spielberg era sinônimo de aventura e magia que, ao lado de George Lucas,
foi o responsável pelo renascimento das super produções em território americano
e que dominaria por inúmeros anos nas bilheterias.Quando chegaram os anos 90, o cineasta
começou a se enveredar por um cinema mais sério, mas que somente aumentou o seu
status de grande cineasta e também produtor de inúmeros sucessos. O Bom Gigante
Amigo resgata um pouco desse lado inocente do cineasta que estava um tanto que
adormecido nos últimos anos e a meu ver é mais do que bem vindo.
Baseado na obra de
Roald Dahl acompanhamos as aventuras da pequena órfã Sophie (Ruby Barnhill) que
numa determinada noite em Londres, é levada por um gigante (Mark Rylance, de
Ponte dos Espiões). Ao ser levado por ele, Sophie acaba conhecendo um ponto
desconhecido do mundo, onde há gigantes e magias em abundância. No decorrer do
tempo, ambos criam uma forte amizade, mas ao mesmo tempo terão problemas com os
demais gigantes.
Ao assistir a esse
filme, temos a ligeira impressão que nós já vimos ele antes, mas isso é
proposital, já que o filme carrega uma aura de nostalgia e nos fazer relembrar
das boas coisas que eram quando nós éramos crianças. Quem viveu nos anos 80,
perceberá uma estética e uma trama mais inocente, como se o filme estivesse
guardado nos últimos trinta anos, mas que somente agora podemos realmente
vê-lo. É o Steven Spielberg jovem dos tempos em que dirigia Indiana Jones e
produzia Os Goonies, mas auxiliado com os mais avançados efeitos visuais de
hoje.
Falando neles, é
impressionante a construção dos cenários e da criação dos personagens digitais.
Assim como em inúmeros filmes (como a trilogia O Senhor dos Anéis), o Bom
Gigante Amigo aqui não é meramente um personagem digital, mas sim há um ator de
verdade em cena dando os movimentos e expressões faciais. Interpretado por Mark
Rylance, O Gigante Amigo acaba se tornando o coração do filme, pois os seus
movimentos, expressões, e acima de tudo, boa interpretação do ator, faz nos
convencer que realmente vemos um gigante contracenando com uma menina.
Falando na pequena,
Ruby Barnhill se sai muito bem como Sophie e sua atuação em meio a inúmeros
efeitos visuais acaba soando convincentes. Por vezes, ela lembra a primeira
aparição de Harry Potter no cinema, já que ela é uma criança do mundo real, mas
que ao mesmo tempo se depara com algo que acreditava que somente existia nos
livros de aventura dos quais ela lia. O que poderia então soar artificial,
acaba nos impressionando, graças a um cuidado técnico e perfeccionismo puro
vindo do cineasta.
Falando em
perfeccionismo, a cena em que ambos os personagens visitam a lagoa dos sonhos é
sem sombra de dúvida o momento mais belo do filme. Com um 3D que nos faz entrar
na cena, o lago é um verdadeiro show de luzes e onde as regras da física são quebradas
e dando lugar a uma realidade em que tudo é possível. Tudo muito bem moldado e
se casando muito bem com a trilha sonora que, aliás, é composto pelo velho
companheiro de Spielberg, o veterano compositor John Williams.
Embora com um final
em que tudo se revolva de uma forma até fácil demais, O Bom Gigante Amigo é um
filme gostoso de assistir e que irá agradar toda a família, principalmente os
pequenos que sentiram um pouco da magia que os pais curtiam de uma época mais
nostálgica e inocente dos anos 80.