A crítica dessa vez é uma contribuição do Artur Colombo, ele é estudante de jornalismo, geek, sobretudo viciado em filmes. Confira abaixo.
Peter Jackson, o homem que nasceu para adaptar as obras de J.R.R. Tolkien, volta às telas com O Hobbit: A Desolação de Smaug, provando que ainda consegue conduzir uma narrativa fluída e um bom desenvolvimento de personagens, como fazia nos filmes da franquia O Senhor dos Anéis. Porém não conseguiu fazer com precisão em O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.
O filme ainda tem algumas “barrigas” e cenas que não tem necessidade, mas elas são tão bem construídas que não deixam o filme se arrastar. Essas cenas são ótimas para os amantes das obras de Tolkien, contudo a quantidade de cenas desnecessárias e uma narrativa arrastada no primeiro filme tiraram um pouco a empolgação dos fãs, o que definitivamente não aconteceu nesse segundo filme da franquia. O longa-metragem ainda conta com uma pontinha de Peter Jackson em uma das primeiras cenas, o que mostra o quanto o diretor está confortável com a franquia, além de ser um belo agradecimento a todos os fãs que acompanham a trilogia.
A ação é uma das melhores evoluções do filme, sem dúvida é bem mais nítida em A Desolação de Smaug. Nesta sequência o diretor conseguiu empregar cenas de ação fluídas, com mil coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas tão bem detalhadas que podem ser acompanhadas sem o perigo de se perder dentro da ação desenfreada.
Além da ação, o inimigo também muda de forma, enquanto tínhamos os orcs como inimigos centrais em Uma Jornada Inesperada, neste segundo filme eles vão perdendo espaço e dando cena ao verdadeiro vilão, o grande dragão avarento Smaug (Benedict Cumberbatch). O filme também nos insere, aos poucos, no que seria o vilão de “O Senhor dos Anéis”, Sauron, e nos mostra a cobiça que Bilbo tem pelo anel.
O filme tem o seu ápice quando, finalmente, Bilbo (Martin Freeman) tem seu encontro tão esperado com o dragão Smaug. Assim, podemos ficar surpresos ao ver a grandiosidade do imenso dragão comparado à inferioridade do pequeno Hobbit. Sem falar da ameaçadora voz de Benedict Cumberbatch, que só em poucas falas já nos passa toda a ameaça que Bilbo sente no momento do encontro.
Com um lado mais sombrio e dando mais espaço para ação e menos para o humor, O Hobbit: A Desolação de Smaug faz você sair do cinema com vontade de saber o que vai acontecer no próximo. Esse sentimento era muito comum na trilogia O Senhor dos Anéis, mas não foi passado adiante em Uma Jornada Inesperada. Entretanto, ele volta com toda força nesse novo filme, junto de uma bela fotografia que, como sempre, é um deleite para os olhos e uma trilha sonora que dava certo e continua agradando.
Com o resultado desse novo filme, o próximo O Hobbit: Lá e de Volta Outra Vez promete empolgar e agradar muito aos fãs da franquia. Agora é só esperar que Peter Jackson mantenha o que fez neste ultimo filme e acerte a mão neste próximo também.
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