Madagascar 3 dá outro sentido à trama iniciada no primeiro filme, em uma continuação engraçada, porém, simplória. O filme estreia no próximo dia 8 de junho, mas, graças ao convite do Clube do Assinante Zero Hora, estivemos presentes na pré-estreia e contamos a você o que precisa saber sobre esta sequência.
No primeiro filme - de 2005 - alguns animais fogem de um zoológico em Nova Iorque e acabam desembarcando em Madagascar, o paraíso selvagem no leste africano: um leão mimado (Alex), uma zebra com complexo de inferioridade (Marty), uma girafa hipocondríaca (Melman), uma hipopótamo vaidosa (Gloria) e quatro pinguins geniais (Capitão, Kowalski, Rico e Recruta). Nesta trama inicial, eles aprendem a sobreviver na ilha junto a um bando de lêmures, que seguem o rei Julien e seu "fiel" ajudante Maurice.
Na expectativa de voltar para Nova Iorque e reencontrar seu zoo, os animais partem junto com a corte do Rei Julien em um avião montado por pinguins e macacos, mas acabam caindo no coração da África. Eis a premissa de Madagascar 2 (2008), onde Marty, Melman e Gloria conhecem outros de sua espécie, enquanto Alex reencontra sua família original e acaba se enfiando na disputa de poder entre seu pai e seu tio. Resolvida a trama, Alex passa a reinar sobre os animais da África junto com seu pai, sua família e seus amigos.
Em Madagascar 3, os pinguins foram embora com os macacos para os cassinos de Monte Carlo, na Europa, em busca de dinheiro e fortes emoções. Ainda na expectativa de retornar ao seu zoológico, Alex insiste para seus amigos irem juntos a Monte Carlo, encontrar os pinguins, pegar o avião e voltar ao lar original. Ao encontrá-los, a turma chama muita a atenção e a polícia coloca a Capitã Chantel DuBois em seu encalço, uma mulher amargurada que detesta bichos, a não ser como troféus em sua parede. Na fuga, eles buscam proteção junto aos animais de um circo itinerante com destino a Roma, Londres e Nova Iorque.
Novos animais, novos amigos, nova aventura. Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Melman (David Schwimmer) e Gloria (Jada Smith) vão transformar o circo em algo revolucionário. Um tigre russo destemido, uma leoparda elegante e ágil, um leão marinho italiano, cachorros adestrados, éguas bailarinas, elefantes equilibristas e uma ursa ciclista são os elementos necessários para o espetáculo. No fim da trama, a mensagem que fica é: "Saia da sua zona de conforto, aproveite a aventura da vida e entenda que você pode encontrar amigo e ser feliz em qualquer lugar".
A veia cômica do filme é o nonsense imaturo que guiou bem a carreira dos comediantes escolhidos para as vozes dos personagens principais - Stiller, Schwimmer e Rock - além de Sacha Baron Cohen como o inusitado rei Julien. As piadas conseguem arrancar boas gargalhadas, principalmente em uma exibição com a plateia, em sua maioria, entre 3 e 10 anos de idade.
O roteiro, no entanto, demonstra uma série de falhas, além de ser pouco criativo. Esta sequência praticamente ignorou toda a história anterior, com exceção do fato do bando ter fugido do zoológico nova-iorquino. Não há, em absoluto, nenhuma alusão aos personagens do segundo longa animado, nem ao menos à família de Alex. Um erro enorme, dado o fato de que, no final de Madagascar 2, o espectador sentia-se seguro de que os animais estavam felizes na África. O início do terceiro filme rompe com a odisseia criada anteriormente e joga os personagens centrais em outro enredo.
Tudo isso seria tolerável se o longa fosse mais envolvente e abusasse mais dos antagonistas na trama, porém não é o que acontece. A vilã, DuBois, é uma simples megera. A violência aos animais é gratuita e os roteiristas poderiam ter explorado a origem deste mal para dar um tom de dramaticidade à obra.
Seu final, por mais previsível que seja, poderia ser épico. A meu ver, principalmente para um filme infantil, é necessário dar um toque a mais de moralidade: o vilão precisa ser vencido pelo próprio mal, ter a chance de se arrepender do que fez e de se transformar em alguém melhor, ou pagar caro por isso. Entretanto, esta personagem tornou-se apenas um elemento jogado na estrutura do filme como uma desculpa para a aventura dos personagens centrais.
Seu final, por mais previsível que seja, poderia ser épico. A meu ver, principalmente para um filme infantil, é necessário dar um toque a mais de moralidade: o vilão precisa ser vencido pelo próprio mal, ter a chance de se arrepender do que fez e de se transformar em alguém melhor, ou pagar caro por isso. Entretanto, esta personagem tornou-se apenas um elemento jogado na estrutura do filme como uma desculpa para a aventura dos personagens centrais.
O ápice do filme é efetivamente visual, pois a textura dos personagens e a fotografia digital são muito impressionantes. Mesmo para uma animação, alguns elementos parecem muito reais. Preciso admitir, ainda, que o efeito 3D funciona muito bem nesta obra, com diversas cenas de sacudir a cabeça.
No geral, o filme é cativante e engraçado, mas um espectador mais exigente, assim como os fãs de Madagascar, podem se decepcionar um pouco. Confiram o trailer abaixo, vejam o filme e comentem aqui o que acharam.
Até a próxima!
Até a próxima!
Distribuidora: Dreamworks
Gênero: Animação
Direção: Eric Darnell
Elenco: Vozes de Sacha Baron Cohen, Cedric the Entertainer, Jada Pinkett Smith, Andy Richter, Chris Rock, David Schwimmer, Ben Stiller.
Duração: 90 min
Classificação: Livre
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