Nesta segunda, 19 de setembro, estivemos na première de Sem Saída a convite do Clube do Assinante ZH. O evento apresentou uma obra interessante e que faz refletir sobre a evolução do gênero e a conquista de um público mais jovem.
Tiros, explosões, socos e pontapés; herói, mocinha, bandidos soviéticos e conspiração envolvendo a CIA. Você já deve ter visto estes elementos em muitos filmes desde a década de 1950. Tudo isto está no novo filme de John Singleton (de +Velozes +Furiosos). Aqui você pode se questionar: se o filme é puro clichê, porque ele é bom? Porque Singleton evoluiu e conseguiu fazer um filme de ação, com drama adolescente, prendendo a atenção do espectador até o fim e, sobretudo, sem abusar de efeitos especiais.
Em Sem Saída, Taylor Lautner (de A Saga Crepúsculo) é Nathan, um adolescente típico: sente-se um estranho dentro de casa e só pensa em festas e garotas; sente que o pai exige demais dele, insistindo para seja um grande lutador, enquanto sua mãe o ensina o significado de 'confiança'. Ele e sua vizinha Karen (Lily Collins) são colegas de classe e vivem uma tensão amorosa. Eles terão a oportunidade acertar as contas quando um professor os coloca para fazerem juntos um trabalho de sociologia. Durante o estudo, Karen descobre um site que mostra como crianças desaparecidas seriam nos dias atuais. Para a surpresa dos dois, a imagem de Nathan aparece como a de uma delas.
Nathan não se conforma que seja apenas coincidência e começa a vasculhar por fotos suas e roupas de quando era pequeno, e se questiona: se ele é a criança desaparecida do site, quem são aqueles que dizem ser seus pais (?). No momento em que ele indaga sua mãe, ela confirma o fato, mas assassinos profissionais invadem sua casa e matam seus pais. Nathan foge com Karen sem respostas e com mais perguntas. Em meio à fuga, a CIA e ex-agentes secretos soviéticos estão atrás deles. Para se salvarem, terão de descobrir quem são os verdadeiros pais de Nathan e em quem confiar.
A trama é leve e, como disse, bem conduzida. Singleton soube se sair bem, sem grandes cenas de perseguição e grandes explosões, andando bem na linha do thriller psicológico em alguns momentos. As cenas de luta são bem coreografadas e verossímeis, ponto forte do jovem Taylor Lautner, que, apesar de ter apenas 19 anos, se mostra como um ótimo artista marcial e um bom ator.
O filme ganha mais força por ter um bom elenco com Alfred Molina, Sigourney Weaver, Jason Isaacs e Maria Bello. Para um longa de ação, tem um bom fluxo de tensão, emoção e pausas para respiração. Perde um pouco de ritmo no final, dando mais foco para o drama, mas se resolve bem e não deixa furos.
O filme ganha mais força por ter um bom elenco com Alfred Molina, Sigourney Weaver, Jason Isaacs e Maria Bello. Para um longa de ação, tem um bom fluxo de tensão, emoção e pausas para respiração. Perde um pouco de ritmo no final, dando mais foco para o drama, mas se resolve bem e não deixa furos.
Pode ser uma boa oportunidade para Hollywood refletir sobre os gastos exagerados, muitas vezes, desnecessários. Muitos diretores, atualmente, atrolham os filmes de ação com efeitos especiais (e gastam milhões com isso) para preencher a mediocridade da trama. Quando um roteiro é bem escrito e o filme é bem dirigido, por mais clichê que seja a história, o longa pode ser ótimo. Sem Saída mostra que há sempre uma saída.
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