Quem escreve hoje para nós é Ben-Hur Rodrigues da Silva, de Porto Alegre. Ele fez uma análise bem bacana sobre a série Demolidor, disponível na Netflix.
Demolidor – Crítica
A Marvel concretizou mais um acerto dentre tantos que foram feitos nos filmes. Demolidor ou Daredevil, mostrou que podemos sim ter um tom mais sério nos produtos da empresa. Desde os cenários e fotografia, que deixam a série mais sombria, mostrando as vielas de New York detalhadamente, até a demonstração dos “super-poderes” do herói, que não são tão fantásticas quanto os Vingadores.
Na trama, Matt Murdock, cansado de ver seu bairro ruir nas mãos de mafiosos, se torna um vigilante da Cozinha do Inferno, tornando-se o inimigo público de diversos vilões, dentre eles o Rei do Crime. A série coloca em evidência o crime e corrupção em Hell’s Kitchen, bairro no qual o herói quer “reconstruir”, lutando contra criminosos de todos os tipos. Essa premissa torna a trama interessante, pois faz com que o espectador tenha um pouco do Demolidor dentro de si, uma vez que um cidadão “comum” se indigna com as injustiças cometidas e se torna um homem sem medo para enfrentá-las.
Um dos grandes pontos para se saudar é o elenco. Charlie Cox teve uma atuação excelente, fazendo com que quem assiste sinta suas frustrações e seu desejo de que a cidade se torne melhor devido aos seus esforços como o personagem. Outro destaque interessante do lado dos mocinhos foi Elden Henson, que interpretou o cômico Foggy Nelson, alívio cômico da série. Outro acerto foi seu principal vilão: Wilson Fisk, ou Rei do Crime, com uma atuação espetacular de Vincent D’Onofrio. Ele humanizou o chefão da máfia de Hell’s Kitchen, fazendo com que torcêssemos por ele em alguns momentos.
O interessante de Demolidor é que a série não se prende aos filmes, tornando-a autêntica e de grande importância na fase três da Marvel. Diferente de Agents of Shield que se prende aos acontecimentos do cinema e, assim, perde sua autonomia perante ao público. Para se ter uma noção do quão distante os heróis como Capitão América, Homem de Ferro e Thor estão dos problemas habituais da trama, basta pensar como seria encontrar Dustin Hoffmann ou Al Pacino no Gasômetro protestando contra o governo gaúcho.
A parceria com a Netflix rendeu bons frutos, nos trazendo um cenário mais realista da Marvel. Praticamente tudo deu certo nessa primeira empreitada! Agora, ficamos no aguardo das outras (Punho de Ferro, Luke Cage e Jessica Jones), além da segunda temporada de Daredevil. Vida longa à parceria Netflix-Marvel!
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