28 de agosto de 2015

QUE HORAS ELA VOLTA?

São poucos os filmes brasileiros hoje em dia em que escancara a realidade atual de nosso país, que está cada vez mais dividida entre classes. Basta pegarmos os últimos protestos das ruas, para percebemos que a maioria delas é formada por elites que acreditam que podem esmagar aqueles que eles acreditam serem inferiores. Mas não é preciso ir às ruas para assistir esses protestos e perceber isso, pois basta somente reparar na casa do vizinho, ou até mesmo (quem sabe) na sua própria casa.
Moldado para se criar uma trama simples, graças a um maravilhoso roteiro, chega aos cinemas um dos filmes brasileiros mais elogiados e premiados no exterior nos últimos anos, Que Horas ela Volta?. Sucesso por aonde é exibido e tendo como uma direção inspirada e original da cineasta Anna Muylaert (Proibido Fumar) o longa-metragem é contagiante do principio ao fim. Para dar corpo e alma para a personagem principal, não há duvidas que a cineasta foi feliz ao escolher a atriz e apresentadora Regina Casé (Eu, tu e Eles), que acabou nos brindando com uma atuação espetacular e que nos contagia desde os primeiros minutos em que ela surge em cena.
Na trama, assistimos a nossa protagonista Val (Regina Casé), uma mulher que vive já há anos com uma família de classe alta em São Paulo. Com uma direção eficiente, já no início do filme temos um vislumbre detalhado da personalidade da Val, da qual nos faz rir e nos emocionar em poucos minutos. Apesar de satisfeita no que faz, Val possui um problema mal resolvido em sua história, sendo que ela tem uma filha chamada Jéssica (Camila Márdila), mas que precisou abandonar há mais de 10 anos.
Toda essa mistura de emoções acaba por transbordar, no momento em que Jéssica vem à cidade para prestar vestibular. Como o seu único contato em São Paulo é a sua própria mãe, ela decide visitá-la e passar uns dias naquela casa aonde ela trabalha. A partir desse momento, situações constrangedoras acontecem, mascaras caem e faz com que mãe e filha precisem definir qual é o lugar delas nesse mundo em que vivem.
Orçado em  4 Milhões de reais, esse forte concorrente para disputa de um Oscar ano que vem, escancara para o público cinéfilo as reais situações que acontecem no dia a dia da nossa sociedade brasileira contemporânea, levando muito em conta pelo lado desmotivador senso comum que as pessoas usam, mesmo que vezes nem se quer percebem isso no decorrer do tempo.
Val é o exemplo de uma pessoa simples, meiga, que faz o que pode para sempre cumprir o seu trabalho na risca e para nunca desapontar os seus patrões, interpretados respectivamente pelos ótimos Lorenço Mutareli (Cheiro do Ralo) e Karine Teles (Riscado). O seu lado de mãe que ela possui com Fabinho (Michel Joelsas, de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), filho do casal, em muitas passagens do filme gera muitas emoções. Digamos que Val seja uma quase mãe da qual ele não teve no decorrer da infância e da adolescência e ele é um quase filho do qual ela se distanciou.
No decorrer da trama, há inúmeras situações, das quais se concluem para cada personagem e, querendo ou não, os seus destinos se diferem se comparados com o princípio de cada um deles. Que Horas ela Volta? explicita o significado do termo “cinema como linguagem”, já que há situação da pessoa se sentir livre, quase como uma espécie de recomeçar do zero, para assim buscar a sua redenção pessoal. Bom exemplo disso é a relação da mãe e filha: Val era tão alienada com relação ao mundo em que ela vivia, que precisou da aparição de sua filha, para ela enxergar que a pessoa vive por completo ao lado das pessoas que realmente ama e é então que o desejo de se realizar finalmente vem novamente à tona.
É nesse momento que Regina Casé desaparece por completo, pois graças ao seu talento, ela nos brinda com o posicionamento que a sua personagem escolhe, gerando um dos melhores e mais singelos momentos do nosso cinema atual. O final termina em aberto e só fazendo com que a gente desejasse revisitar o universo de cada um daqueles personagens. Uma vez que cada um deles aprendeu uma lição a ser pensada, mas o que resta é saber o que cada um deles aprendeu com ela.
Estando entre os oito filmes mais vistos na Itália desse ano, Que Horas ela Volta? é um filme para ser visto por todos, independente de qual a sua classe em que vive, pois no final das contas somos todos humanos e que merecemos um lugar ao sol.  
 

26 de agosto de 2015

O Pequeno Príncipe (2015)

Às vezes a nossa vida real é muito mais fascinante do qualquer ficção. Porém, quando ambas se misturam, gera então algo genuíno, do qual acabamos não sabendo separar esses dois lados. Em alguns casos, realidade e fantasia sempre andaram de mãos dadas e O Pequeno Príncipe talvez seja um dos melhores exemplos vindo do início do século 20.
Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944) era um piloto francês que acabou sendo abatido pelas tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Um ano antes, ele havia e escrito a sua obra prima O Pequeno Príncipe, que há quem diga ele criou se inspirando num momento em que ele ficou perdido no deserto. Em 2004 o avião abatido do qual se encontrava  Exupery foi encontrado, mas o corpo jamais foi localizado.
A partir da idéia da possibilidade do escritor não ter morrido na época em que foi dado como morto acaba servindo de estopim para a criação desse filme, em que uma trama original é criada e enlaçada com a que todos nós conhecemos a partir do livro. Dirigido por Mark Osborne (Kung Fu Panda), a trama começa nos apresentando uma pequena menina, que por sua vez é moldada a todo custo por uma mãe que sonha em ver a filha ser bem sucedida na vida. No seu primeiro dia em uma nova casa, a menina conhece um velho aviador que mora ao lado, que tenta a todo custo tirar do chão o seu velho avião e para sim conseguir reencontrar o pequeno príncipe que ele havia conhecido no passado.
Claro que, a partir do momento em que a menina fica curiosa com relação aquele universo daquele velho aviador, ela acaba também conhecendo a história do menino que vivia num asteróide e que cuidava de sua querida rosa. Todas as passagens da obra que nós conhecemos estão lá: a saída do protagonista de seu asteróide e sua ida em outros planetas; o encontro dele com a raposa; amizade que ele cria através do aviador perdido no deserto e o encontro com a famigerada cobra.
Porém, é preciso ressaltar que o filme não reproduz com exatidão a obra como um todo, mas sim adapta o que é de mais essencial que se encontra nela. As passagens filosóficas são muito bem adaptadas e elas funcionam muito bem, mesmo nos dias de hoje: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. Se essa frase Fez uma geração inteira pensar décadas atrás, no mundo contemporâneo de hoje, sua mensagem e efeito ainda funciona e nos toca profundamente.
Exupéry com certeza era alguém que possuía uma mente a frente do seu tempo, pois o seu livro dá valor as simples coisas da vida, ao invés de simplesmente almejar por algo mais que ela possa oferecer. Isso se enlaça com a proposta apresentada na sub-trama da mãe e filha, sendo ambas presas ao futuro inserto, e que acabam lutando desnecessariamente para adquirir uma vida bem sucedida, mas esquecendo do que realmente faz delas felizes. Isso se fortifica ainda mais no terceiro e ultimo ato final da trama, aonde os roteiristas transformaram numa espécie de continuação dos eventos do livro e se criando uma espécie de metáfora sobre a corrida desenfreada pela riqueza, profissionalismo e consumismo do mundo contemporâneo de hoje.
Se a trama já nos fascina, visualmente o filme não fica nenhum pouco atrás. De forma rara, acompanhamos a trama da menina da forma de animação computadorizada tradicional, mas no momento em que entramos nas passagens do livro, o filme se transforma em stop motion e gerando inúmeras belas imagens: a passagem do conto em que o príncipe se encontra com a raposa e aprende um novo significado sobre o amor que ele teve por sua rosa, são de uma beleza enlouquecedora e que nos faz desejar que esse tipo de animação continue no cinema sempre.
Embora seja um filme em que possua uma linguagem da qual os pequenos de hoje pouco estão acostumados, O Pequeno Príncipe é um filme que merece ser visto por todos, pois nunca é demais os pais de hoje mostrar aos filhos os velhos e bons ensinamentos do qual esse conto lhe proporcionaram no passado. 
 

24 de agosto de 2015

DICA DE CINEMA

HITMAN: AGENTE 47

27 DE AGOSTO NOS CINEMAS

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ESTREIA: 27/08/2015
Distribuidora: Fox film
Gênero: Ação /Aventura/Drama
Direção: Aleksander Bach
Elenco: Rupert Friend, Zachary Quinto, Hannah Ware, Emílio Dantas
Sinopse: Hitman: Agente 47, um assassino de elite que foi geneticamente programado para ser uma máquina mortífera perfeita, e é conhecido apenas pelos dois últimos dígitos do código de barras tatuado em seu pescoço. Ele é o resultado de décadas de pesquisa – e 46 clones anteriores – dando a ele força, velocidade e inteligência nunca vista antes. Seu último alvo é uma mega corporação que planeja revelar o segredo do passado do Agente 47, criando um exército de assassinos cujo poder ultrapassa o seu próprio

Trailer: http://www.foxfilm.com.br/hitman-agente-47

21 de agosto de 2015

DICA DE CINEMA

TED 2

27 DE AGOSTO NOS CINEMAS

Não recomendado para menores de dezesseis anos.

Distribuidora: Universal Pictures
Gênero: Live action/Comédia em Animação
Elenco: Mark Wahlberg
Diretor: Seth MacFarlane
Roteiro: Seth MacFarlane & Alec Sulkin & Wellesley Wild
Produção: Scott Stuber, Seth MacFarlane, John Jacobs, Jason Clark
Sinopse: Seth MacFarlane retorna como roteirista, diretor e dublador de Ted 2, continuação da comédia proibida para menores, produzida pela Universal e Media Rights Capital, considerada um dos maiores sucessos de bilheteria. Novamente com participação de Mark Wahlberg, Ted conta com roteiro de Alec Sulkin& Wellesley Wild e produção de MacFarlane em parceria com Scott Stuber, da Bluegrass Film, além de John Jacobs e Jason Clark.

Site: http://www.legalizeted.com.br/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=znssIpxQVa4
Facebook: www.facebook.com/tedofilme

20 de agosto de 2015

Missão Impossível - Nação Secreta

É curioso observar que, embora seja uma franquia com já cinco filmes, a cine série Missão Impossível até agora não decepcionou. Um dos fatores para se manter na qualidade é devido à esperteza de Tom Cruise (que é também produtor da franquia) em sempre mudar o diretor para cada filme. Com isso, a sensação que se dá, é que sempre somos brindados com algo fresco, mesmo já conhecendo aquele universo de espionagem já um bom tempo.
Claro que todas as fórmulas de sucesso já conhecidas pelo público estão lá: organização secreta, agentes duplos, fator surpresa e missões suicidas. Para sempre não haver aquela sensação “replay”, os produtores e roteiristas impressionam em sempre criar uma trama, em que ela faz com que os protagonistas se sintam num beco sem saída, ou numa situação impossível de ser vencida. O inimigo dessa vez é o Sindicato, organização secreta de ex-agentes, cujo objetivo é enriquecer com atentados, destruir IMF e ficar em seu lugar.
Devido às inúmeras reviravoltas no roteiro, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê (de novo) como agente clandestino e que, mesmo desejando combater o Sindicato sozinho, recebe ajuda dos seus velhos aliados. É ai que o filme surpreende com os personagens coadjuvantes, que a cada filme ganha um espaço maior na trama. Benji Dunn (Simon Pegg) simplesmente rouba a cena e participa ao lado de Cruise das melhores cenas de ação do filme.
William Brandt (Jeremy Renner) e Luther Stickell (Ving Rhames) novamente cumprem bem os seus respectivos papeis, mas é uma nova personagem inserida na trama que rouba o filme como um todo. Rebecca Ferguson (vista recentemente na ultima versão de Hércules) dá um verdadeiro show de interpretação, carregando sempre um ar de ambiguidade e fazendo com que a gente nunca tenha certeza de que lado ela está. Ao lado de Tom Cruise, Ferguson é protagonista de ótimas cenas de ação do filme, aonde destaco sempre nos momentos onde ela luta corpo a corpo, ou quando está em cima de uma moto.
Falando em ação, Christopher McQuarrie (que havia dirigido Cruise em Jack Reacher: O Último Tiro) provou aqui que tem mão firme nas cenas de ação das quais nos surpreende. Não há cena de ação inferior se comparada uma com a outra, sendo que elas falam por si e funcionam dentro da trama. Embora os trailers tenham focado sempre a famosa cena de Cruise pendurado do lado de fora de um avião, a meu ver outras impressionam mais ainda, como quando o protagonista se encontra dentro de um tanque d’água em movimento, ou quando (novamente) corre em alta velocidade em cima de uma moto na estrada.
Christopher McQuarrie também é feliz ao criar cenas que, não exigem vertiginosas cenas de ação, mas sim rodando com elegância em cenas das quais provocam aflição no cinéfilo. O que dizer da cena da ópera em que não sabemos ao certo o que irá acontecer? Para o cinéfilo de carteirinha, McQuarrie prestou uma homenagem explicita ao clássico O Homem que Sabia Demais do mestre Alfred Hitchcock.
Embora não tenha um vilão tão ameaçador, e tão pouco um final tão empolgante como nos filmes anteriores, Missão Impossível - Nação Secreta é um filme digno da franquia e que, mesmo com quase vinte anos de existência, prova que há muita força e gás para seguir em frente nos cinemas.

14 de agosto de 2015

GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO - 1º DE SETEMBRO


Está aberta a votação populae para o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, premiação mais importante do cinema nacional, que chega em 2015 à sua 14ª edição. A cerimônia será realizada dia 1º de setembro, às 21h no Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro - Cine Odeon. A cerimônia, que será transmitida ao vivo pelo Canal Brasil, será uma celebração do cinema brasileiro e do centenário do nascimento do Grande Otelo artista que, desde 2002, dá nome à estatueta do Grande Prêmio de Cinema que este ano, ganhou novo desenho assinado por Ziraldo, além da homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro.

Entre os dias 06 e 31 de agosto, a disputa estará aberta para o voto popular, no qual o público vai poder eleger, através do site (www.academiabrasileiradecinema.com.br), os vencedores das categorias “Melhor longa-metragem ficção”, “Melhor longa-metragem documentário” e “Melhor longa-metragem estrangeiro”.

QUARTETO FANTÁSTICO (2015)

Josh Trank havia impressionado o mundo com o filme Poder sem Limite, em que mostrava o lado bom e o lado ruim de jovens que, da noite para o dia, adquirem poderes infinitos. Muitos compararão o filme com a obra prima japonesa Akira e, devido a isso, o cineasta foi logicamente sondado por outros estúdios para ser diretor de alguma adaptação de uma HQ. Trank foi então convidado pela Fox para dirigir a nova versão de Quarteto Fantástico e muitos logicamente esperavam por uma grande dose de verossimilhança e qualidade adulta na história, o que infelizmente se perde na reta final do longa, mas isso eu explico mais adiante.
É bem da verdade que, as raízes do sucesso, que transformaram esses personagens conhecidos no mundo todo através das HQ estão todas lá na adaptação. A primeira uma hora é um verdadeiro deleite, pois não presenciamos um filme de super heróis exatamente, mas sim jovens comuns que se conhecem, trabalham juntos num projeto, mas que dá tudo errado e se transformam em super seres. Com isso, o filme é mais do que uma mera aventura, mas sim um filme de ficção, onde a ação fica e muito em segundo plano e dando espaço para um desenvolvimento melhor para os personagens.
O entendedor de Quarteto Fantástico irá perceber que tudo está lá: o trágico destino de Bem como Coisa e Richard (Miles Teller) se culpando por isso; Johnny Storm (Michael B. Jordan) como o garoto rebelde e com grande desejo de aventura; Susan (Kate Mara) como a garota inteligente, mas tímida e Victor Von Doom (Toby Kebbell), um grande gênio, mas com ambição e um alto grau de inveja contra Richard. Além disso, Quarteto sempre foi mais do que um grupo de super heróis, mas sim também a primeira família heroica das HQ e na adaptação isso é muito bem fortalecido nas palavras do pai de Johnny e Susan, interpretado com competência por Reg E. Cathey (House of Cards).
Mas a partir do momento que os personagens adquirem os seus poderes, é ai então que o filme se perde e muito. Não que os efeitos visuais dos personagens usando os seus poderes sejam ruins, muito pelo contrário, mas dá a nítida impressão que saímos de um filme e entramos num outro completamente diferente. É aí nesse momento que dá a impressão que o cineasta Josh Trank fica no piloto automático e o estúdio comanda a obra e acreditando que sabe o que está fazendo.
Como se já não bastasse, se o filme leva uma hora na apresentação, no desenvolvimento e na transformação dos personagens (algo similar em filmes como Batman Begins) seria mais do que lógico haver mais tempo de projeção, para assistimos os personagens então em ação. Ao invés disso, tudo é muito corrido, do final do segundo ato para o terceiro e derradeiro, e é aonde que o filme se perde de vez. Basta dizer que, no momento que surge Victor Von Doom transformado em Doutor Destino, tudo se torna um mero protesto para os heróis se unirem e combatê-lo.
O problema está justamente no Doutor Destino, um personagem de grande potencial, mas que aqui é completamente desperdiçado e suas motivações são tão artificiais que causam vergonha de se ver e ouvir. Tudo então se enlaça nos derradeiros minutos de ação e efeitos visuais, mas que são mal desenvolvidos e em poucos minutos de cena. Se a intenção era fazer um filme de ficção e não necessariamente de aventura desenfreada, então ela nem se quer precisavam existir.
Ao termino da projeção, a sensação de que eu tive foi de muita frustração, pois no princípio estava admirando e curtindo um filme que eu estava assistindo, mas que logo se transformou numa aberração e que não tem nada a ver com a sua proposta inicial. De quem são os culpados por isso? Do diretor? Estúdio? Roteiristas? Isso agora é o que menos importa!
Pelo menos, Quarteto Fantástico talvez venha a servir de exemplo sobre o que não se pode fazer num tipo de produção como essa. Um filme que começa de uma forma tão boa, mas termina de uma forma lamentavelmente ruim.

11 de agosto de 2015

DICA DE CINEMA

A ESCOLHA PERFEITA 2




13 DE AGOSTO NOS CINEMAS



Não recomendado para menores de doze anos.


Distribuidora: Universal Pictures
Data de lançamento: 13/08/2015
Gênero: Comédia
Elenco: Anna Kendrick, Rebel Wilson, Hailee Steinfeld, Brittany Snow, Skylar Astin, Adam DeVine, Katey Sagal, Anna Camp, Ben Platt, Alexis Knapp, Hana Mae Lee, Ester Dean, Chrissie Fit, Birgitte Hjort Sørensen, Flula Borg, Kelley Jakle, Shelley Regner, com John Michael Higgins e Elizabeth Banks
Direção: Elizabeth Banks
Produção: Paul Brooks, Max Handelman, Elizabeth Banks

Sinopse: O Barden Bellas está de volta em “A Escolha Perfeita 2”, sequência do sucesso mundial sobre um grupo adorável e desajustado com apenas uma coisa em comum entre as integrantes: a maneira irresistível como, juntas, alcançam uma sonoridade perfeita como nunca antes vista.

Já se passaram três anos desde que o Bellas trouxe sua voz, estilo e atitude para se tornar o primeiro grupo só de mulheres a ganhar um título nacional. Mas depois de serem banidas, por conta de um escândalo que ameaçou destruir o último ano da Barden, as tricampeãs se preocupam que, desta vez, elas possam ter perdido a harmonia de uma vez por todas.

Com apenas uma chance restante de ainda conseguir redimir seu legado, o Bellas deve lutar pelo seu direito de ganhar o Campeonato Mundial de A Cappella, em Copenhague. E como elas lutam para equilibrar as pressões de dominação musical, precisarão contar com o poder de sua parceria para encontrar novamente sua voz a fim de voltar a ser um dos melhores grupos do mundo.

Dirigido por Elizabeth Banks, coestrela e produtor de “A Escolha Perfeita”, e produzido por Paul Brooks e Max Handelman e Banks, a comédia ainda conta com a volta de Kay Cannon para coproduzir e escrever o próximo capítulo.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=wmzTqIlbF8k
Facebook: https://www.facebook.com/aescolhaperfeita

7 de agosto de 2015

Adeus à Linguagem

Desde o movimento cinematográfico francês Nouvelle vague, o cineasta Jean-luc Godard sempre criou filmes com um alto grau histórico, político, autoral, e acima de tudo, que diferenciasse do cinema convencional do seu país de origem. Numa verdadeira mistura de dois de seus grandes filmes, como A Chinesa (1968) e Desprezo (1963) como exemplo, se tem Adeus A Linguagem, sendo uma espécie de uma crítica visual com relação ao nosso mundo contemporâneo de hoje, principalmente da forma como as pessoas se comunicam na maioria das vezes. Talvez para o cineasta, a linguagem de ontem está cada vez mais se perdendo em meio ao turbilhão da tecnologia que, faz com que tenhamos cada vez mais informações rápidas, mas se perde as formas como as pessoas se interagiam antigamente e se tornando tudo mais automático e menos humano.
Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes de 2014, o longa é uma verdadeira aula de som e imagem, aonde as formas e as cores se misturam, num 3D (primeira vez usada pelo cineasta) que se apresenta da forma como realmente essa ferramenta cinematográfica deveria sempre ser: profundidade acentuada, pequenos detalhes que voam aos nossos olhos, numa verdadeira representação da corrida louca de uma sociedade moderna que não vê mais o tempo passar como era antigamente. Devido a isso, o filme se encaminha mais para um longa experimental do que algo convencional, o que pode espantar os cinéfilos desavisados.
Na realidade há praticamente dois protagonistas, que inclui um cachorro (sendo do próprio cineasta), e que por vezes, esse último rouba a cena do filme. Os dois protagonistas são na realidade um casal em crise, pelo fato de eles não conseguirem compreender o que um está querendo dizer para o outro e gerando então um conflito entre os dois. Já o cachorro, sempre surge em momento chave, do qual ele se torna uma representação da ausência dos próprios donos que, não lhe dão atenção, assim como não conseguem administrar a relação de ambos.
Embora sendo pouco mais de uma hora de duração, Godard prova que cada minuto se torna longo e precioso, pelo fato que, a cada momento, ele criar situações que exige maior intensidade de seus dois atores e gerando situações imprevisíveis. Embora curto, são tamanhas situações acontecendo a todo o momento que, faz com o filme se pareça longo, mas gerando ao mesmo tempo a sensação de que os personagens tiveram o seu tempo de resolverem os seus conflitos em cena.
Vendo o filme como um todo, é impressionante constatar que Godard, mesmo com mais de oitenta anos vida, consiga ter uma sintonia com relação ao mundo que vivemos hoje. Essa sintonia não é diferente de décadas passadas, provando o quão ele se preocupa em corresponder, através da sétima arte, a realidade do qual ele vive. Diferente de outros de sua geração, ele se empenhou em jamais ficar para trás, mesmo criando obras das quais nem todos possam conseguir comprar o que ele quer passar.
Mesmo com toda sua complexidade, Adeus À Linguagem se torna indispensável, ao mostrar de uma forma simples, o quanto precisamos caminhar para não nos esquecermos do que nós realmente somos, em meio a tamanhos meios de comunicação, que cada vez mais nos deixa menos humanos e verdadeiros.   
 

6 de agosto de 2015

DICA DE CINEMA

MISSÃO IMPOSSÍVEL: NAÇÃO SECRETA

13 DE AGOSTO NOS CINEMAS

Verifique classificação indicativa.


Distribuidora:
Paramount Pictures
Data de lançamento: 13/08/2015
Elenco: Tom Cruise, Paula Patton, Jessica Chastain
Direção: Christopher Mcquarrie
Produção: Alibaba Pictures Group, Bad Robot, Skydance Productions, TC Productions
Sinopse: Com a agência IMF desmantelada e Ethan (Tom Cruise) fora de combate, a equipe agora enfrenta uma rede de agendes especiais altamente qualificados, o Sindicato.

Estes agentes muito bem treinador estão empenhados em criar uma nova ordem mundial através de uma série cada vez maior de ataques terroristas. Ethan reúne sua equipe e une forças com a desacreditada agende britânica Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), quer poderá ou não ser parte desta nação secreta, na medida em que o grupo enfrenta sua missão mais impossível de todas.


Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=OT5PnSOV3Og
Facebook: https://www.facebook.com/paramountbrasil
Site: http://www.missaoimpossivelofilme.com.br/

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