Elenco: Mark Ruffalo, Keira Knightley, Adam Levine, James Corden, Haileen Steinfeld, Yasiin Bey, Catherine Beener, Cee-Lo Green e grande elenco.
Diretor: John Carney
Gênero: Drama
O dia não foi dos melhores. Foi um daqueles que você se vê obrigado a lidar com você e, se der, sair vitorioso. Julguei que pegar um cineminha seria uma boa pedida pra espantar a bad e, de fato, não podia ter acertado mais a mão que neste aqui!
O longa conta duas histórias que colidem para mostrar que, para se começar algo, confiança é o mínimo exigido para se chegar a algum lugar. De começo, conhecemos Dan (Mark Rufallo), um cara que falhou como pai e perdeu seu caminho como produtor musical de grandes artistas. O cara é uma bagunça! Ao chegar na produtora que fundou com um sócio, ele o despede na frente da própria filha, que já não vê o pai como uma espécie de super-herói... Ao deixar a filha em casa e passar o dia de bar em bar, ele acaba num pub que o "acorda para uma nova realidade": E essa realidade canta bem e vem com a cara de Keira Knightley! A atriz dá vida a Gretta, uma compositora deixada para trás pelo, até então, namorado rockstar Dave (Adam Levine), que arrisca pela primeira vez assumir os vocais de uma canção autoral no mesmo local que Dan chora as pitangas.
Um dos principais fatores que fizeram o produtor musical se perder ao longo do tempo foi a quantidade de artistas pré-produzidos que chegavam para analisar se valia a pena ou não assinar um contrato. Essa crítica do filme não podia ser mais atual e, se você tem dúvidas, liga uma rádio a lá Jovem Pan que você vai ouvir músicas de refrão repetitivo que ninguém lembrará em cerca de 10 anos. O trabalho de Dan era trazer à luz do dia, talentos que seriam consideráveis a longo prazo, mas cadê eles? A questão foi respondida de imediato ao ouvir a voz de Gretta naquela noite. O cara não bobeou e já ofertou produzir um álbum da cantora, mesmo ciente que acabara de ser despedido de seu alto cargo.
Juntos, eles tem a brilhante ideia de gravar todo álbum nas ruas de Nova York, com os mais diversos sons ambientes, justamente para dar essa visão crua e unplugged das canções/voz de Gretta. Durante o longa, é impossível não torcer pelo sucesso da dupla só pelo empenho que eles depositam na empreitada. Sinceramente, deu vontade de levantar e fazer algo FODA (Mas esperei o filme acabar, tava muito legal)!
Geralmente, em minhas resenhas, conto a história do filme do início ao fim. Hoje vou fazer diferente e só dar o hotspot do que esperar deste que já se tornou um dos meus filmes preferidos (Entrou para o meu TOP 10!) e só confirmou que o John Carney é O CARA! A mágica do cinema é isso: Engrandecer coisas comuns de maneira que, por si, elas tomem alta proporção. Não vou bancar o calhorda e dizer que não piro em títulos "blockbusters" porque isso seria uma mentira braba! Mas encontrar um filme desses, quase por acaso, é uma raridade. Um dos diálogos dele diz que atualmente "existe muito cordão, mas poucas pérolas": Porra! É ou não é verdade!? Essa metáfora pode ser usada em N aspectos e, mesmo assim, não perder seu sentido. Tenho vivido um período "vulnerável" atualmente, depositando esperança e esforços em pessoas e ocasiões que não são tão brilhantes quanto demonstram de início. Como se eu visse pérola onde é só cordão, sabe? Esse filme é realmente animal.
O filme "Begin Again" chegou ao Brasil com o título de "Mesmo se Nada Der Certo" e não entendi porque não traduziram pra "Recomeço", "Tentar de Novo" ou alguma parada do tipo. O título ficou longo e pouco funcional. O diretor do longa (John Carney) é o mesmo do excepcional "Once - Mais Uma Vez", um dos meus filmes preferidos por transformar uma história simples em extraordinária. É claro que o elenco engrandeceu o filme e até a atuação do vocalista do Maroon 5 surpreende positivamente! Aliás, em dados momento do filme, pareceu uma reunião de técnicos do The Voice USA com a entrada do figuraça Cee-Lo Green em cena (Aliás, ele interpretou ele mesmo certo?). Uma coisa dita atualmente a respeito do longa é que "ele é o filme do cara do Maroon 5" e isso é bem relativo: Fato é que o Adam Levine participa do filme, mas ele não carrega a história nas costas. Se você não gosta do cara ou da banda, puxa de dentro um fator superativo: O longa vale a pena. E vai tranquilo que não é por conta só dele. Mesmo porquê a trilha sonora do filme é foda e ele é pouco responsável por esse pedaço do bolo, apesar de levar na moral a sensacional "Lost Stars".
Os grandes destaques de "Mesmo se Nada Der Certo" são de fato Keira e Rufallo! Vem cá: Só eu que acho que a princesa da saga "Piratas do Caribe" SABE cantar? Tipo, cantar e mandar bem! Foi a primeira surpresa quando, logo nos minutos iniciais do filme, ela abre a boca. O som da personagem é bem indie e ela manda BENZAÇO! Não torço para isso, mas, de repente, se ela tentasse lançar alguma coisa no segmento, podia até ganhar certa relevância (antes flopar nos charts, como acontece com todos os outros. É a vida). Agora falando de Mark Ruffalo, me responde uma coisa: Durante o filme, você lembrou do Hulk? E do cara que vê a fantasma em "E Se Fosse Verdade"? E "Ensaio Sobre a Cegueira", "Códigos de Guerra" então? NÃO, não lembrou! É foda assim esse cara. Você simplesmente não lembra dele em nenhum outro papel porque cada atuação tem personalidade própria e ele arregaça em cada uma.
Confira abaixo o trailer de "Mesmo se Nada Der Certo" e, assim que tiver uma brecha, não deixe de assistir:
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