O cinema sempre está sendo invadido por filmes apocalípticos, uns cheios de aventura e efeitos visuais (2012), outros levados mais para o drama (Melancolia). No caso de É o Fim, além de ser uma comédia em meio ao juízo final, é uma inusitada história, que mostra como certas celebridades reagiriam no dia do julgamento. O que vemos não são atores interpretando personagens, mas sim eles mesmos, uma situação pouco convencional no cinema.
Não quer dizer que a personalidades deles mostrada no filme seja exatamente o que é na vida real. Eu acredito que seja uma representação caricata do que as pessoas acham que eles sejam longe das telas. Sendo assim, vemos os nossos conhecidos atores e comediantes James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, Danny McBride e Craig Robinson agindo não muito diferente dos personagens que eles interpretaram nos filmes (como Ligeiramente Grávidos e Segurando as Pontas). Ou seja, podem esperar muito palavrão, piadas com conotação sexual e várias referências divertidas com relação a outros filmes conhecidos como Harry Potter, 127 horas, Forrest Gump, O Exorcista e O Homem que mudou o Jogo.
O lance mais divertido do filme é que, quando começa o apocalipse, muitas pessoas são levadas para o céu, mas as inúmeras pessoas que estão na festa de James Franco acabam não indo. Muitas celebridades morrem (Michael Cera é uma delas) e o restante fica isolado na mansão tentando sobreviver. Durante esse tempo, Jay Baruchel começa acreditar que eles estão ainda na Terra por serem pecadores e precisam aprender de que maneira podem provar que merecem o Céu. Claro que não faltam motivos para provarem para si que cada um deles não merece a passagem para o paraíso de jeito nenhum, sendo que, no ato final, quando um deles consegue a chance, perde unicamente por ser egoísta e mal-educado em poucos segundos.
O filme, em si, não passa de uma brincadeira no bom sentido, passando a mensagem que vale a pena ser tolerante, compreensivo e companheiro com o próximo, pois basta agir assim que ganhará a sua passagem na hora do juízo final. Claro que não se pode levar a sério em nenhum momento ao assistir o filme, principalmente aqueles que forem mais conservadores, pois o filme não poupa nem piadas com relação a Deus e a Jesus Cristo. Sendo assim, seguidores de certo pastor chamado Feliciano, passem longe.
Com participações divertidas (como de Emma Watson), É O FIM é a típica comédia para se divertir numa boa, mesmo quando seu cérebro grita para você dizendo que está desperdiçando o seu tempo de vida com isso.
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