30 de setembro de 2013

AS BEM ARMADAS (The Heat, 2013)


Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Demian Bichir, Marlon Wayans, Thomas F. Wilson, Michael Rapaport, Tony Hale, entre outros.
Diretor: Paul Feig
Gênero: Comédia
______________________________________________


Começo a crítica garantindo que não assisti nada mais engraçado que AS BEM ARMADAS nas telonas de 2013! O filme parte de uma premissa tão besta quão funcional: Bullock dá vida (e graça) a agente Ashburn, uma detetive badass do FBI. Ela vê a possibilidade de um upgrade em sua carreira caso saísse de Nova York para resolver o caso de um grande traficante de drogas em Boston, dotado de identidade desconhecida. O péssimo relacionamento de Ashburn com sua equipe local são contrastantes com seu talento profissional, que resolve crimes de olhos fechados e depois os esfrega na cara dos companheiros de investigação. Entretanto, em Boston a parada é diferente: A agente entrará no território da incensurável policial local Mullins (McCarthy), que baterá de frente com ela após interrogar um ladrão que a mesma acabara de prender a muito custo (PS: O que foi a cena da melancia!? Começo a rir só de lembrar. Genial!). Após a "incompatibilidade de gêneros" inicial, Ashburn e Mullins precisarão juntar forças para identificar o traficantes dentre os suspeitos, burlar a equipe de Narcóticos que sempre tenta atrasar o lado dupla e descobrir o valor de uma amizade na pessoa mais inimaginável possível.


Ao assistir o trailer, é impossível não associar o longa a um dos papéis mais icônicos de Sandra Bullock: A agente especial Gracie Hart da dobradinha de MISS SIMPATIA ("Miss Congeniality", 2000 e "Miss Congeniality 2", 2005). Após ver o longa, a sensação que fica é que conhecemos "a prima de Hart". A verdade é que a atriz manda bem em qualquer tipo de papel, mas comédia foi e sempre será seu "porto seguro" cinematográfico. A facilidade que seus personagens tomam a credibilidade do público é raro num mundo onde Kristen Stewart recebe premiação por interpretação. Outro destaque se dá à talentosa Melissa McCarthy como a desbocada policial Mullins. Assisti o filme "Missão: Madrinha de Casamento" (Que é do mesmo diretor, inclusive), sua série "Mike & Molly" e tenho certeza que, até aqui, este é papel de sua carreira. Ela divide com a vencedora do Oscar o "fardo" de protagonista e não faz feio! Arrisco dizer que Mullins chega a ofuscar Ashburn em diversas cenas do longa. O temperamento explosivo da policial é coisa de outro mundo! A cena da lista telefônica seguida da arma apontada para o pior alvo da história causou histeria na sala de cinema (E em mim também!), dificultando ouvir o diálogo seguinte dado o volume das gargalhadas da galera! Aliás, comentei com minha namorada que há muito tempo não via uma sala tão cheia como na sessão que pegamos. Não reclamando, mas sim atentando à força do filme.
Definitivamente, quando Sandra Bullock lançar uma box sobre seus maiores sucessos, AS BEM ARMADAS estarão presentes! Caso tenha ficado curioso e não tenha visto nenhum trailer da história até então, se liga no trailer aqui embaixo e divirta-se com esta que, na minha opinião, é a melhor comédia de 2013:

23 de setembro de 2013

O Tempo e o Vento (2013)

Jayme Monjardim é famoso por suas novelas, mas ganhou destaque como diretor de cinema por Olga, de 2004. É ele quem assina a adaptação da obra imortal de Érico Veríssimo, "O Tempo e o Vento", focado nas histórias Ana Terra e Um Certo Capitão Rodrigo, com elementos de O Sobrado. A odisseia da família Terra Cambará é contada a partir das memórias de Bibiana Terra com seus mais de 80 anos - interpretada magnificamente por Fernanda Montenegro - em diálogo com o espírito de seu marido, o Capitão Rodrigo Cambará (Thiago Lacerda).

Bibiana relembra a história de sua família até aquele momento. Desde seu avô Pedro Missioneiro e sua avó Ana Terra, passando por sua história de amor com o Capitão Rodrigo e a rusga com a família Amaral. Desde as missões jesuíticas, passando pela Revolução Farroupilha até aquele ponto durante a Revolução Federalista, quando a família Terra Cambará está sitiada em seu sobrado em Santa Fé, ameaçada pelos Amaral.

O ponto alto do filme é a fotografia, ilustrada prodigiosamente pelas paisagens do Rio Grande do Sul. O que mais me preocupava era se as atuações seriam respeitosas e foram, na maior parte do tempo. Thiago Lacerda convence como o Capitão Rodrigo ao representar um gaúcho valente, bonachão, leal e galanteador. Fernanda Montenegro mostra que realmente é a melhor atriz brasileira de todos os tempos. Sua capacidade de transmitir apenas pelo olhar o sentimento de uma jovem apaixonada ainda na velhice é realmente cativante. Marjorie Estiano também está muito bem ao representar a jovem Bibiana, bem como Cléo Pires no papel de Ana Terra. Mais um destaque brilhante é o ator gaúcho Zé Adão Barbosa como o Padre Lara que se contrasta muito bem nas cenas com Thiago Lacerda.
Como a história é muito longa, acredito que teria sido mais bem aproveitado se fossem dois longas-metragens, onde poderia se dar mais destaque a “O Sobrado” história fundamental no universo de “O Tempo e o Vento”. O excesso de fragmentação por fade out torna o filme um pouco cansativo e, às vezes, devagar. Ainda, nota-se que alguns atores prometidos para o filme simplesmente não apareceram ou passaram muito despercebidos, o que denota uma gama de cortes na produção final (Igor Rickli, Rafael Cardoso e Mayana Moura). As cenas de guerras e combates foram bem retratados, mas pouco explorados. O que realmente me incomodou no fim do filme foi a escolha do ator mirim Kaic Crescente como o bisneto de Bibiana, Rodrigo Terra Cambará, pois o garoto tem o sotaque carioca muito carregado e, principalmente, a seleção de uma música em inglês nos créditos cantada por Maria Gadú, completamente destoante de todo o filme.

Colocando tudo na balança, o saldo é positivo. A produção foi respeitosa com a obra de um modo geral e procurou também retratar fielmente aspectos da cultura do Rio Grande do Sul. Aproveitem!

Até a próxima!

18 de setembro de 2013

BEN AFFLECK FALA SOBRE SER O NOVO BATMAN

Ben Affleck esteve recentemento no talk show com Jimmy Fallon e fala sobre seus filhos, como foi o convite para ser o novo Batman e as primeiras reações do público quando foi anunciado publicamente como o novo Batman.

O ator reconhece não teria o perfil para ser o novo Batman, bem como seria muito trabalhoso superar Christian Bale, mas reforça que o novo projeto é muito interessante e prevê um Batman mais maduro... quando aos comentários pejorativos, ele se garante "I can handle anything!". Se ele conseguir manter esse espírito "Eu sou o cara", talvez consiga realmente ser um bom Bruce Wayne.

6 de setembro de 2013

Notícia Velha: Ben Aflleck é novo Batman, e daí?

A notícia que tem rodado o universo nerd é a oficialização de que Ben Affleck assinou contrato com a Warner para ser o novo Batman nos cinemas. Após as inúmeras declarações de Christian Bale de que não vestiria mais o manto do morcego, diversos nomes passaram a ser cogitados por fãs. A própria Warner declarou que Josh Brolin e Ryan Gosling chegaram a ser cotados. Bem, Josh Brolin é um ator mais velho, maduro e elegante, certamente convenceria como um Bruce Wayne mais velho para uma nova saga, talvez até mais que o próprio Bale. No entanto, eu torceria o nariz para Gosling , muito mais do que todo o desdém feito pelos fãs quanto à Affleck.
Apesar de todas as piadas que tem circulado na internet sobre a eleição de Ben Affleck, será que é tão ruim assim? Os fãs tendem a ser muito exigentes com a escolha de quem representará seu maior ídolo, mas historicamente temos exemplos de que isso pode se contornado, se ele conseguir fazer um bom trabalho. Vejamos alguns fatos que podem corroborar para essa tese ou se contrapor a ela:
A Warner fez uma tremenda cagada (para os fãs) quando criou o filme e a série psicodélica dos anos de 1960, mas foi um sucesso e alavancou as vendas da própria DC nas HQ's. Eu continuo odiando-a, mas o que importa para a Warner é $$ e isso, ganhou bastante.
Quando foi divulgado que o ator de comédia, Michael Keaton tinha sido escolhido por Tim Burton para ser o Homem-Morcego no filme de 1989, que celebrava os 50 anos do herói, os fãs enviaram milhares de cartas aos estúdios da Warner pedindo para mudar o ator principal. Fato foi que o longa virou sucesso, ganhou sequência e criou inúmeros novos fãs - eu tinha apenas 4 anos de idade e foi justamente esse filme que me fez virar fã incondicional do Morcegão.
Quando declararam que Val Kilmer seria o herdeiro do capuz do Batman, muitos disseram que ele tinha mais cara de Batman do que Keaton e o filme foi um insucesso. Pior aconteceu com George Clooney que, ao assumir como Bruce Wayne, foi colocado num pedestal: cara de bom moço, elegante, um charme no melhor estilo "James Bond" e estava em alta na carreira como o Dr. Ross de E.R. (Plantão Médico). O filme ficou um lixo e foi um fracasso nas bilheterias. A culpa foi principalmente de Joel Schumacher como diretor, mas o elenco ficou queimado.
Quando anunciaram Christian Bale como Batman, houve uma anestesia geral... os fãs não sabiam como reagir, mas ficaram encantados com a proposta de recomeçar a saga nos cinemas e focar um pouco mais no drama do homem por trás da máscara. Bale é reconhecido por fazer o esforço necessário para se transformar no personagem, um ator de verdade, nas sua essência. Talvez o melhor Batman que jamais existirá. Bale convenceu em Batman Begins (de 2005) e os fãs estavam estasiados. Mas, com a declaração de que, no segundo filme, o Coringa seria interpretado por Heath Ledger, os fãs protestaram: "O que??? O Coringa vai ser aquele ator mediano de comédias românticas e que fez Brokeback Mountain???". Bem, por causa dele, o filme é o melhor da saga, um dos melhores de todos os tempos e ainda venceu do Oscar de Melhor Ator mesmo depois de morto. Aí veio o mesmo drama quando declararam que Anne Hathaway seria a Mulher-Gato em Dark Knight Rises e deu tudo certo.
Para quem é mais fã da Marvel, deve se lembrar como o público foi resistente para a escolha de Hugh Jackman como Wolverine: "ele não é um baixinho truculento e raivoso, e ainda faz musicais na Broadway". Bem, já interpretou o personagem 6 vezes e não pretende largá-lo tão cedo.

Agora é Ben Affleck com a proposta de enfrentar o primeiro filme de Batman e Superman nas telonas e mais filmes solo. Sua escolha seria tão ruim assim? Como diretor ele tem se saído muito bem, mas como ator ainda não me convence muito. Mas o que pode dar errado? Ele está mais velho e mais maduro como ator, tem um bom porte físico, já fez filmes de ação e já interpretou um super-herói (O Demolidor, de 2003) - apesar de ter sido um fracasso, ele tem um queixo a la Buzz Lightyear, o que remete aos clássicos desenhos de heróis, tem títulos louváveis e rentáveis nos cinemas. No entanto, falta para ele a referência a personagens psicóticos, raivosos, que impõe medo aos seus adversários. Do meu ponto de vista, esse é o real motivo de os fãs não estarem aceitando muito bem... Sob esse aspecto, até Clint Eastwood, com seus 83 anos convenceria mais que Affleck. 
O que quero mostrar é que um ator aparentemente mediano sempre pode nos surpreender com um excelente trabalho, visto que o contrário também é válido. O que eu digo é "deixem o homem trabalhar", depois vemos os resultados.

E você, o que acha de Ben Affleck como Batman? Deixe seu comentário!

4 de setembro de 2013

Independência e Revolução!

Caro leitor, Setembro é o mês em que exacerbamos nosso patriotismo, como brasileiros e como gaúchos. Por esse motivo, resolvi destacar as obras de maior significância para a nossa independência cultural no cinema e sob temáticas revolucionárias.
No início do mês devemos assistir à história de amor dos revolucionários “Anita e Garibaldi”, de Alberto Rondalli. O drama traz no elenco Ana Paula Arósio, Gabriel Braga Nunes e Antonio Buil Pueyo. O filme conta a chegada de Giuseppe Garibaldi no Brasil, seu encontro com Anita e o aprendizado humano e militar com Luigi Rossetti na luta pela libertação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina do Império Brasileiro.
Destaque no Festival de Gramado, “A Coleção Invisível”, de Bernard Attal, é o último filme do ator gaúcho Walmor Chagas, que suicidou-se em janeiro de 2013. O filme traz Vladimir Brichta em seu primeiro papel dramático de destaque; ele faz um jovem que enfrenta uma crise financeira. Na tentativa de se recuperar, ele encontra um colecionador de gravuras raras. Nesta viagem, ele muda sua visão de mundo e a vida das pessoas que encontra.
Há de destacar também “Elysium”, por ser o primeiro filme de Wagner Moura em Hollywood, sem dúvida, o maior ator brasileiro da atualidade. Esta ficção científica conta ainda com Matt Damon, Jodie Foster e a também brasileira Alice Braga no elenco. A história se passa  em 2.154, quando os ricos vivem numa exclusiva estação espacial e a Terra se tornou uma grande favela. Moura e Damon são os responsáveis por abalar essa mordomia.
Por fim, o principal destaque deve ser o épico “O Tempo e o Vento”, de Jayme Monjardim, baseado na obra imortal de Érico Veríssimo. No elenco, algumas figuras ilustres como Thiago Lacerda, Fernanda Montenegro, Marjorie Estiano, Cléo Pires, José de Abreu, Leonardo Machado e Paulo Goulart. Esta adaptação tem como foco o romance entre o Capitão Rodrigo e Bibiana Terra e a evolução de sua família no Rio Grande do Sul, desde as Missões Jesuíticas até o fim do século XIX. O longa estreia dia 20 de setembro, em celebração à Revolução Farroupilha.

Se ergues da cultura a claquete forte, verás que um filho teu não foge ao preço dos cinemas. E que tais façanhas sirvam de modelo a toda a terra! Bons filmes!

Mais Lidos do blog