Na noite passada, os gaúchos lotaram as salas da premiere de Assalto ao Banco Central. Em parceria com o Clube do Assinante Zero Hora, estivemos lá para conferir o novo filme do diretor Marcos Paulo. A recepção, organizada pela Espaço Z, foi realmente especial.
A obra é baseada em relatos do assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza (Ceará), em 2005. No filme, o “manda-chuva” é conhecido como Barão (Milhem Cortaz, de Tropa de Elite), que organiza o grupo que vai cavar um túnel de mais de 80 metros para roubar o Banco Central. Para isso, ele conta com a ajuda do Mineiro (Eriberto Leão), que acabou de sair da cadeia e é o seu braço direito na operação. Juntos, eles buscam um especialista em cavar túneis para fuga de cadeia, o Tatu (Gero Camilo), o engenheiro comunista "Doutor" (Tonico Pereira), mais 6 bandidos para cavar e fugir com a grana, além da sensual Carla, (Hermila Guedes), mulher do Barão. Paralela à história do assalto, se desenrola a investigação do assalto, feita por Chico Amorin (Lima Duarte) e Telma Monteiro (Giulia Gam).
O filme tem, basicamente, 4 focos: o assalto, o conflito entre os criminosos, a investigação e o interrogatório. Tudo aparece simultaneamente, através de flashbacks. O filme demora se desenrolar até cerca de 30 minutos e acaba se tornando um pouco longo. Os atores se mostram relativamente presos a falas decoradas de roteiro, sem tanta naturalidade, sobressaindo a inexperiência de se fazer Cinema e/ou vícios de quem faz muita novela - tanto dos atores, como do diretor. A edição de som deixa a desejar em alguns momentos e a trilha sonora não é das mais bem aproveitadas. As cenas de sexo são totalmente desnecessárias.
É interessante ver como o Novo Cinema Nacional começa a investir, além da temática da violência, em histórias com cara de blockbuster americano e, nesse quesito, o filme acerta no enredo. Há a trama do assalto; um triângulo amoroso entre Barão, Carla e Mineiro; as pitadas de humor dos bandidos coadjuvantes; o contraste entre o policial à moda antiga, Amorin, e sua parceira Telma, uma CDF da nova geração de policiais.
Destaque para as atuações de Vinícius Oliveira (o Josué, de Central do Brasil), como o atrapalhado Devanildo, que consegue cativar o público com seu jeito inocente de cometer o maior assalto a banco do século; e do Juliano Cazarré, que fez a apresentação do filme nesta noite e interpreta, com destreza, Décio, o típico bandido que segue um código de conduta e honra entre criminosos. Cazarré, se mostra pronto para trabalhos maiores e mais desafiadores.
No geral, vale a pena o entretenimento de uma história que, na realidade, já parecia coisa de Cinema... e sem frescura.
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Registro do evento:
Marcelo Machado, Tiago Peroni, Juliano Cazarré, Raquel e João Colombo (eu)* |
Raquel e João Colombo (eu)* |
Salas lotadas * |
Juliano Cazarré * |
2 comentários:
O filme Assalto ao Banco Central mostra a realidade brasileira como já mostrado no filme Tropa de Elite, realidade esta aonde os altos da hierarquia sempre são escapos com os quentes oficiais que manipulam e controlam todo o tipo de envolvimento ilegal em nossa sociedade. Tirando a crítica visível dos últimos filmes de ficção brasileira, o mesmo me pareceu fraco, acredito que por causa do mini flashback gigantes que se desenrolam do início ao fim, outro ponto,e para finalizar se esperava um final mais completo, porque mesmo dado pelo "the end" fiquei sentado com minhas pipocas salgadas não ficando convencido que ja se fora.
Acabo de voltar do cinema e acredito que escreveria EXATAMENTE o que o Colombo escreveu na crítica acima... O filme é uma comédia que segue a mesma linha de comédias policiais americanas dos anos oitenta, com uma pitada de pornochanchada. Não vi grandes atuações, com exceção de Milhem Cortaz, que faz o Barão e líder da turma. Frases feitas, previsibilidade e final vazio, o filme é desnecessário, porém é legal. Como estreia, Marcos Paulo fez um trabalho interessante... Como filme, ``Assalta ao Banco Central´´ é apenas uma curiosidade brasileira.
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