Os anos 90 foi um período em que houve inúmeras tentativas de levar adaptações de vídeo games para o cinema, mas que os resultados saíram desastrosos. Naquele período, os jogos de vídeo games eram superiores aos Ataris dos anos 80, mas mesmo assim, não possuíam uma trama que se comportasse de forma correta num filme de duas horas. Se naquele tempo era complicado, hoje a situação ainda é mais complicada, pois os jogos se tornaram realistas, ao ponto de ser realmente um filme, mas que você controla os personagens e numa jornada de várias horas de entretenimento.
Sendo assim, para que então fazer adaptações para o cinema desses jogos se eles próprios já são praticamente um filme de longuíssima duração?
O cinema americano, graças a sua escassez de falta de idéias originais, busca meios para gerar novas franquias e para assim gerar novos lucros. Levou tempo, mas eles conseguiram graças aos estúdios Marvel, por exemplo, construir franquias milionárias com as adaptações das HQ e que tão cedo não irá acabar. Mas a ambição fala mais alta e é aí que surge mais uma tentativa para uma adaptação de um jogo de vídeo game para as telas e o novo candidato é Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos.
Sendo assim, para que então fazer adaptações para o cinema desses jogos se eles próprios já são praticamente um filme de longuíssima duração?
O cinema americano, graças a sua escassez de falta de idéias originais, busca meios para gerar novas franquias e para assim gerar novos lucros. Levou tempo, mas eles conseguiram graças aos estúdios Marvel, por exemplo, construir franquias milionárias com as adaptações das HQ e que tão cedo não irá acabar. Mas a ambição fala mais alta e é aí que surge mais uma tentativa para uma adaptação de um jogo de vídeo game para as telas e o novo candidato é Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos.
Dirigido por Duncan Jones (Lunar), acompanhamos o embate entre humanos e orcs, sendo que esses últimos vieram ao mundo mágico da terra dos homens através de um misterioso portal. Entre os guerreiros com dentes grandes se encontra Durotan (Toby Kebbell), que acredita estarem no caminho errado da história e deseja criar uma aliança com o reino dos homens. Contudo, ambições e traições aos milhares fazem com isso gere mais conflito.
Pois bem, para começo de conversa nunca joguei Warcraft, mas prefiro não ter essa vantagem, pois fiquei livre em não ficar perdendo tempo em fazer comparações com a sua fonte de origem. Portanto, assistir ao filme, e analisá-lo, se tornou bem mais fácil, ao ponto de não ficar perdendo tempo com as possíveis readaptações que possivelmente os fãs mais ferrenhos irão se incomodar. Mas se por um lado não perdi tempo me incomodando com isso, por outro, fiquei fisgando a todo o momento momentos da trama que me lembravam outros filmes, até mesmo os mais recentes.
Pois bem, para começo de conversa nunca joguei Warcraft, mas prefiro não ter essa vantagem, pois fiquei livre em não ficar perdendo tempo em fazer comparações com a sua fonte de origem. Portanto, assistir ao filme, e analisá-lo, se tornou bem mais fácil, ao ponto de não ficar perdendo tempo com as possíveis readaptações que possivelmente os fãs mais ferrenhos irão se incomodar. Mas se por um lado não perdi tempo me incomodando com isso, por outro, fiquei fisgando a todo o momento momentos da trama que me lembravam outros filmes, até mesmo os mais recentes.
Para começar, não há como negar que Warcraft bebe muito da fonte do universo visto em O Senhor dos Anéis, sendo que, anões e elfos, mesmo que vistos brevemente, estão ali em momentos que me fizeram lembrar a já clássica trilogia. E se temos o universo criado pelo escritor Tolkien como referencia, não há como negar que o mundo de Azeroth, por vezes, lembra o planeta de Avatar, pois até mesmo vi em alguns instantes umas montanhas flutuantes, sendo elas muito parecidas com as que foram vistas na super produção de James Cameron. E se isso só já não é o bastante, há uma porção de referências ao velho e antigo testamento, sendo uma delas uma referência explicita ao libertador dos hebreus Moises.
Claro que isso não torna um defeito do filme, pois não é a primeira e nem será a última vez em que veremos uma obra se sustentar através de idéias já aproveitadas em outras obras. O que torna o filme rico, em termos técnicos, por exemplo, são sem sombra de dúvida os Orcs. Criados através pela capturas de movimento, o realismo visto aqui é algo semelhante com o que foi visto em Avatar, sendo que, se tivesse sido lançado pouco tempo depois da obra de Cameron, o impacto seria ainda maior.
Claro que isso não torna um defeito do filme, pois não é a primeira e nem será a última vez em que veremos uma obra se sustentar através de idéias já aproveitadas em outras obras. O que torna o filme rico, em termos técnicos, por exemplo, são sem sombra de dúvida os Orcs. Criados através pela capturas de movimento, o realismo visto aqui é algo semelhante com o que foi visto em Avatar, sendo que, se tivesse sido lançado pouco tempo depois da obra de Cameron, o impacto seria ainda maior.
Mas, se por um lado os efeitos impressionam, as interpretações dos atores reais vistos na tela soam um tanto que artificiais. No princípio, se percebe a dificuldade de alguns atores ao contracenarem com os personagens digitais, sendo que, durante a produção, logicamente eles contracenaram com o nada. Bom exemplo disso é o desempenho do ator Travis Fimmel (da série Vikings), que embora seja um bom ator, parece que a todo o momento ele se encontra travado, até mesmo nas cenas das quais se exige mais dramaticidade. Curiosamente, Dominic Cooper (Drácula: A História não Contada) do qual eu sempre considerei um ator regular, acaba impressionando como rei de Azeroth, principalmente nos momentos finais da trama.
É bom lembrar que, embora ação seja o grande chamariz da trama, o cineasta Duncan Jones foi habilidoso em dar espaço para o melhor desenvolvimento dos seus personagens, principalmente quando eles colocam pra fora o seu lado mais humano em situações de desespero. Medivh (Ben Foster) possui um momento tocante, onde revela um pouco do seu passado e demonstra total peso que sente nas costas devido a sua responsabilidade. Mas talvez o meu personagem preferido seja mesmo Garona (Paula Patton), uma guerreira que possui o sangue dos dois mundos e que carregará o grande fardo de uma grande consequência, que é disparado o melhor momento do filme.
Mesmo com duas horas, infelizmente o filme tem pouco tempo para desenvolver melhor tantos personagens. Porém, se percebe alguns cortes dos quais são bem nítidos e dando a entender que o filme deveria ter sido mais longo do que foi visto nas telas do cinema. Provavelmente veremos uma edição especial do filme futuramente.
Com final em que possui inúmeros ganchos para uma possível sequência, Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos tem o potencial para o nascimento de uma grande franquia. Resta saber se o público em geral irá aceitar, tanto os seus acertos, como também os seus defeitos.
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