Em uma trama complexa - para não dizer "sem pé, nem cabeça" - o longa mostra o agente da CIA disfarçado no Brasil, Troy Somerset (Selton Melo) que, junto com o Major Esdras, da Aeronáutica (Otávio Müller), vão trabalhar arduamente para tirar do poder o (fictício) Presidente da República. Sob ordens do diretor da CIA para assuntos da América do Sul, Skutch Sanders (Kiko Mascarenhas) e do embaixador americano, Troy e Esdras vão precisar da ajuda do vigarista Roni Rato (Rodrigo Santoro) e sua 'isca", a cantora de boate Amélia Castanho (Rafaela Mandelli), para chantagear o governo, forjando notícias para o tablóide Zum Zum Zum. Amélia acaba se apaixonando pelo locutor de rádio, Hervê Gianini (Cauã Reymond), que transmite mensagens secretas durante a programação de forma inconsciente - por não saber que era médium - e a salva de alguns atentados terroristas. Além do paranormal Gianini, Troy terá de lidar com o levante de marinheiros de esquerda e dois assassinos profissionais.
Contado a partir de flashbacks e pela narrativa de Amélia, a película tem um tom noir dos antigos filmes policiais, além de ser um intrigante thriller de espionagem. Mas não se iluda, por mais envolvente que seja, o filme é uma comédia... Me atrevo a dizer que é uma das mais inteligentes comédias feitas no Brasil. Uma obra sem baixaria: sem apelo ao sexo, nem aquele costumeiro excesso de palavrões, porém com ótimo time nas piadas e um clima de non-sense que perdura durante a exibição. Um humor persistente, mas ainda assim, muitas vezes, surpreendente.
A fotografia em preto e branco e a ótima trilha sonora, ajudam a criar todo o ambiente de intrigas e suspense, mas o segredo do sucesso deste filme está no elenco e suas excelentes atuações - Mauro Lima realmente fez um ótimo trabalho aqui ao dirigir tantas estrelas. Selton Melo é um dos melhores atores brasileiros na atualidade e ganhou um grande reforço ao contracenar com o experiente Otávio Müller. Kiko Mascarenhas é muito versátil e possui trejeitos cômicos. Cauã Reymond também vêm se mostrando muito talentoso - o sotaque que ele mantém durante todo o filme como um locutor sedutor é engraçado por si só. Rafaela Mandelli, além de muito bonita, faz um espetacular trabalho ao interpretar uma gaúcha com sotaque perfeito. Paula Bulamarqui dá o ar de sua graça, com todo seu charme, mas ganhou pouco destaque no filme, assim como Seu Jorge (que deve ser o maior fazedor de pontas em produções nacionais), mas ambos não deixam a desejar. É preciso destacar a grande sacada de terem colocado os famosos dubladores Élcio Romar (por Michael Douglas) e Hélio Ribeiro (por Kevin Costner), que deram um toque de "produção americana, elatada no Brasil" (como se dizia no quadro "Fucker and Sucker", do Casseta e Planeta). No entanto, o mais supreendente de todos é o trabalho de Rodrigo Santoro, quase irreconhecível neste filme: a maquiagem surpreendente que o desfigurou, além de sua atuação ímpar, são exemplos da alta qualidade dos filmes que podem ser feitos no país.
A fotografia em preto e branco e a ótima trilha sonora, ajudam a criar todo o ambiente de intrigas e suspense, mas o segredo do sucesso deste filme está no elenco e suas excelentes atuações - Mauro Lima realmente fez um ótimo trabalho aqui ao dirigir tantas estrelas. Selton Melo é um dos melhores atores brasileiros na atualidade e ganhou um grande reforço ao contracenar com o experiente Otávio Müller. Kiko Mascarenhas é muito versátil e possui trejeitos cômicos. Cauã Reymond também vêm se mostrando muito talentoso - o sotaque que ele mantém durante todo o filme como um locutor sedutor é engraçado por si só. Rafaela Mandelli, além de muito bonita, faz um espetacular trabalho ao interpretar uma gaúcha com sotaque perfeito. Paula Bulamarqui dá o ar de sua graça, com todo seu charme, mas ganhou pouco destaque no filme, assim como Seu Jorge (que deve ser o maior fazedor de pontas em produções nacionais), mas ambos não deixam a desejar. É preciso destacar a grande sacada de terem colocado os famosos dubladores Élcio Romar (por Michael Douglas) e Hélio Ribeiro (por Kevin Costner), que deram um toque de "produção americana, elatada no Brasil" (como se dizia no quadro "Fucker and Sucker", do Casseta e Planeta). No entanto, o mais supreendente de todos é o trabalho de Rodrigo Santoro, quase irreconhecível neste filme: a maquiagem surpreendente que o desfigurou, além de sua atuação ímpar, são exemplos da alta qualidade dos filmes que podem ser feitos no país.
Rodado em apenas 17 dias, no Rio de Janeiro, e com um orçamento de R$ 7,3 milhões, Reis e Ratos é uma produção da Natasha Filmes com a Globo e distribuído pela Warner. O evento da pré-estreia foi mais um ótimo trabalho de divulgação da Espaço Z.
O filme é realmente muito bom. Assistam e recomendem a seus amigos, pois esse realmente vale a pena. Curtam o trailer, abaixo.
O filme é realmente muito bom. Assistam e recomendem a seus amigos, pois esse realmente vale a pena. Curtam o trailer, abaixo.
Até a próxima.
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