20 de abril de 2011

Donnie Darko (Donnie Darko, 2001)



Donnie Darko (Jake Gyllenhaal) é um adolescente americano que aparenta ser normal, mas, na verdade, é perturbado por visões e vozes. Isso é acentuado quando, por causa de uma dessas vozes, ele escapa milagrosamente de um acidente que certamente o mataria.

Após isso, Donnie começa a ver e ter contato com seu novo amigo imaginário, um coelho de dois metros de altura e uma cara medonha chamado Frank, que o avisa sobre o fim do mundo.

Frank pede para Darko fazer alguns favores, que, a partir da escolha de fazê-lo ou não, é como a sequência dos fatos vai conduzir o resto do filme. Ele mostra, por exemplo, que se ele tivesse hesitado alguns segundos durante uma caminhada, poderia fazer toda a diferença na sequência dos fatos.

É um filme intelectual e complexo, permitindo que o final seja de múltiplas conclusões. Por isso, eu recomendo assistir pelo menos duas vezes.



Darko representa um adolescente que não se adapta à hipocrisia e ao falso moralismo da sociedade, que no futuro é desmascarado pelo personagem amado de Patrick Swayze, representando a pessoa em que todos confiam e se espelham, mas que na verdade, ele só é mais uma pessoa podre no meio de mais podres. Enquanto isso, a professora interpretada por Drew Barrymore que incentiva os alunos a pensarem, não tem lugar nessa mesma sociedade.

É comum que não se entenda nada até a metade do filme, apesar disso, ele é muito bem conduzido, os diálogos são bem colocados, os personagens são bem trabalhados e inovadores, e no final, apesar de imprevisível, faz todo sentido.

Apesar de não ter sido um sucesso de bilheteria, o filme foi bem aceito pelo público como cult e é sempre bem recomendado por todos os que já assistiram.

Um comentário:

João Colombo disse...

Finalmente consegui assistir a esse filme, graças à recomendação da Ju.

É interessante a relação que o filme faz sobre a questão do destino e a re um viagem espaço-tempo. Mais que um drama sobre um garoto perturbado, é um filme de ficção científica.

Para mim, o charme do filme está no fato de ser ambientado nos anos de 1980, com músicas que faziam sucesso na época, figurino e a aura da adolescência que moldou a sociedade dos anos 90 e 2000.

Realmente, um obra que não pode passar despercebida.

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