Com uma distribuição restrita a alguns poucos cinemas, 400 Contra 1: uma história do crime organizado, é interessante, mas não empolga. O filme de Caco Souza, traz Daniel de Oliveira (de Cazuza) como o protagonista William da Silva Lima, o mentor da organização criminosa mais famosa do Brasil, o Comando Vermelho (CV).
Do ponto de vista da história do crime, pode ser interessante saber que o CV nasceu entre intelectuais, envolvidos, até certo ponto, com os idealistas da luta contra a ditadura no Brasil, nos anos de 1970. O filme transforma em herói a imagem do único sobrevivente da formação inicial do CV, responsável pelos maiores assaltos a banco do Rio de Janeiro nos anos de 1980 e foragido até hoje.
A narrativa, cheia de flashbacks, não confunde, mas cansa. É muito tranquilo ver o filme, passa rápido, mas no fim você percebe que não há um motivo especial para o uso de uma narrativa não-linear. Não há um final surpreendente que pudesse aproveirtar isso. A trilha sonora, por sua vez é muito divertida, como muitas referências ao Soul, ao Funk e ao Disco, ritmos populares no Rio, entre os anos 70 e 80 do século passado.
Mais um filme sobre a violência no Rio, desta vez temos um que tenta retratar (de forma mais alegórica do que crítica) a origem da criminalidade, tentando mostrar que o Comando Vermelho tinha princípios como fidelidade, honra e jamais roubar dinheiro de trabalhador. Mais uma vez a mensagem é: a culpa é do governo. Vale a pena conferir para quem não sabe nada sobre como surgiu o crime organizado em uma das cidades mais violentas do mundo e só ouve falar na TV.
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Agradeço à amiga Taty Behar, produtora da Manga Filmes, que me presenteou com o exemplar em DVD desta obra.
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Até a próxima!
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